A semeadura se aproxima do encerramento, favorecida pelo intervalo prolongado de dias ensolarados e pela boa disponibilidade hídrica nos principais sistemas de irrigação. Resta parcela próxima a 5% da área para conclusão, mas, além das condições edáficas, a finalização da operação está sujeita a outros fatores, tais como a redução do potencial produtivo das semeaduras tardias e o desestímulo econômico decorrente dos preços do grão, que podem condicionar a execução da operação nas áreas remanescentes.
As lavouras implantadas no início do período recomendado apresentam estabelecimento uniforme e desenvolvimento vegetativo compatível com o esperado. As mais antigas iniciaram o florescimento, mas o índice está inferior a 1%. Foram efetuados manejos de irrigação, aplicação de herbicidas e adubação nitrogenada em cobertura. Em áreas semeadas recentemente, especialmente aquelas implantadas em novembro, observam-se falhas de estande associadas ao déficit de precipitação, ocorrido nas três últimas semanas.
De modo geral, o quadro é de evolução normal da cultura, embora haja crescente atenção quanto ao manejo da água devido ao rebaixamento inicial de alguns reservatórios e à necessidade de manutenção de lâmina contínua para evitar reinfestação de plantas daninhas. A área a ser cultivada está estimada em 920.081 hectares (IRGA). A produtividade, em 8.752 kg/ha, segundo a Emater/RS-Ascar.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições meteorológicas foram altamente favoráveis às lavouras estabelecidas, resultando em desenvolvimento vegetativo consistente. Contudo, as áreas implantadas em novembro apresentam estande insuficiente. A continuidade da semeadura deve contemplar poucas áreas, pois o potencial produtivo está reduzido em semeaduras de dezembro, e o baixo preço do arroz tem desestimulado novos plantios. Em Quaraí, observa-se rebaixamento dos reservatórios, mas sem risco imediato. Em algumas áreas, foi necessário realizar “banhos” para assegurar a germinação uniforme. Em São Borja, o tempo seco permitiu recuperação parcial do atraso, e a semeadura alcança 97% dos 30.560 hectares previstos, restando áreas sem preparo prévio.
Na de Pelotas, ainda restam por semear áreas pontuais em Amaral Ferrador, Chuí, Pedro Osório e Rio Grande. As lavouras se encontram predominantemente em emergência e desenvolvimento vegetativo, com evolução regular. Os rizicultores seguem com o manejo de irrigação, a adubação em cobertura, o controle de plantas daninhas e o monitoramento fitossanitário.
Na de Santa Maria, pequena parte da área prevista não deve ser semeada em função de restrições de financiamento e desestímulo econômico.
Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 2,54%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 54,70 para R$ 53,31.
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Fonte: Emater RS




