Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 15/12/2025
FECHAMENTOS DO DIA 15/12
O contrato de soja para janeiro fechou em baixa de -0,46% ou $ -5,00 cents/bushel, a $1071,75. A cotação de março encerrou em baixa de -0,51% ou $ -5,50 cents/bushel, a $1081,25. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em alta de 0,33% ou $ 1,0/ton curta, a $ 303,5. O contrato de óleo de soja para janeiro fechou em baixa de -1,18% ou $ -0,59/libra-peso, a $ 49,48.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta segunda-feira. As cotações para a safra 25/26 voltaram a cair neste começo de semana, com a decepção dos dados de exportação. Para a safra seguinte os preços permaneceram praticamente estáveis. Não só as vendas para a China estão abaixo do esperado pelo mercado, no total os compromissos de vendas, atualizados só até o dia 20 de novembro, estão 38% abaixo do mesmo período do ano comercial anterior. Os embarques para exportação, onde os navios para a China começam a ter destaque, estão 46% abaixo do ano passado. Estes dados não foram prejudicados pelo shutdown do governo americano e estão 100% atualizados. Com isso, mesmo novas vendas aparecendo, como as 136 mil toneladas vendidas para a China nesta segunda-feira, não estão conseguindo provocar uma reação nos preços da soja, que ampliou as suas perdas para o mesmo patamar de sete semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
SOJA AMPLIA PERDAS (baixista)
Os preços da soja voltaram a recuar nesta sessão na Bolsa de Chicago, ampliando as perdas observadas na última semana. O mercado segue pressionado pelo ritmo lento das compras chinesas da soja norte-americana, especialmente em relação à meta de 12 milhões de toneladas definida após as conversas entre os presidentes dos Estados Unidos e da China.
CHUVAS PRESSIONAM AS COTAÇÕES (baixista)
A tendência de baixa também foi reforçada pelas chuvas recentes no Brasil e na Argentina, que melhoraram as condições das lavouras, e pela incerteza em torno das normas de mistura de biocombustíveis para 2026. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) deve adiar as definições para o próximo ano, mantendo o cenário de cautela.
EXPORTAÇÕES CONTINUAM MUITO INFERIORES (baixista)
No âmbito das exportações, o USDA informou que as vendas de soja da safra 2025/2026, entre 14 e 20 de novembro, somaram 2,32 milhões de toneladas, dentro da faixa esperada pelo mercado. Desse total, 2,14 milhões de toneladas tiveram como destino a China. No acumulado, as vendas totais dos EUA atingem 20,72 milhões de toneladas, volume 38,4% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
PEQUENA VENDA À CHINA (altista)
Em relatórios diários, o USDA também confirmou novas vendas de 136 mil toneladas para a China, elevando o total antecipado para 3,51 milhões de toneladas na safra 2025/2026. Esses volumes serão incorporados gradualmente aos relatórios semanais, que seguem sendo divulgados com atraso até o início de janeiro.
EXPORTAÇÕES SEMANAIS ABAIXO DA SEMANA ANTERIOR (baixista)
Quanto aos embarques, as inspeções semanais do USDA, referentes ao período de 5 a 11 de dezembro, apontaram exportações de 795,7 mil toneladas, abaixo da semana anterior e das expectativas do mercado. Do total, 202 mil toneladas tiveram como destino a China, via Golfo dos EUA.
ESMAGAMENTO RECORDE, MAS ABAIXO DO ESPERADO (baixista)
Por fim, o relatório da NOPA mostrou que o esmagamento de soja em novembro atingiu 5,88 milhões de toneladas, recorde para o mês, porém abaixo das estimativas do mercado e do volume processado em outubro. Os estoques de óleo de soja totalizaram 686,3 mil toneladas no fim de novembro, o maior nível em sete meses, reforçando o viés de pressão sobre o complexo soja.
BRASIL-MOVIMENTO SEGUE DE ALTA (altista)
No Brasil, o real mais fraco frente ao dólar elevou a paridade de exportação, sustentando os preços internos mesmo em momentos de pressão em Chicago. Como Paranaguá é referência de exportação, o efeito cambial foi determinante para a recuperação dos preços ao longo do período. Após atingir níveis próximos a R$ 133–134/saca, houve entrada de compradores, recomposição de posições e redução da oferta imediata, favorecendo a recuperação gradual. Tudo isso indica um mercado mais sustentado por fundamentos internos (câmbio, prêmio e oferta) do que por alta em Chicago.
CONAB-PLANTIO DE SOJA
O plantio avançou 3,8% em relação com a semana anterior. Até 13 de dezembro de 2025, 94,1% da área total havia sido semeada, ante 90,3% da semana anterior, 96,8% do ano passado, ficando acima em relação à média de 5 anos de 90,6%. Paraná semeou 100,0%, Mato Grosso 100,0%, Mato Grosso do Sul 100,0%, São Paulo 100,0%, Bahia 97,0%, Minas Gerais 100,0%, Tocantins 98,0%, Goiás 97,0%, Santa Catarina 86,0%. Rio Grande do Sul plantou 81,0%, Maranhão 42,0% e Piauí 88,0% da área pretendida.
Fonte: T&F Agroeconômica




