Em 2025, o Imea consolidou a área de milho em MT da safra 24/25 em 7,26 mi de ha, alta de 6,29% ante a temporada 23/24. Esse avanço reflete a valorização do preço do milho ao longo do ano, que deixou o cenário mais favorável no momento de planejamento da temporada. A demanda interna aquecida, sobretudo para a produção de etanol e ração, sustentou as cotações e elevou a atratividade do cereal frente ao gergelim e ao sorgo, culturas para as quais havia perdido espaço na safra 23/24.
Já a produtividade fechou em 127,27 sc/ha, 10,14% acima da safra anterior, o maior rendimento registrado pelo Imea. Com isso, a produção obteve um recorde de 55,43 mi de t, alta de 17,06% ante o ciclo anterior. Em relação à comercialização, até nov/25, 83,37% da produção já foi negociada, ficando 6,38 p.p. atrás do observado no ciclo anterior. Esse cenário é pautado pela maior oferta em MT e pela menor competitividade do milho no mercado internacional, o que tem limitado a demanda externa.
VALOR CEPEA: a alta demanda interna e externa fomentaram os preços da saca de milho em 2025, com isso o preço médio do cereal no Brasil valorizou 13,24% neste ano.
DÓLAR VALORIZADO: o dólar PTAX subiu 3,66% no comparativo anual, encerrando 2025 com média de R$ 5,59/US$, impactado pela aversão ao risco e incertezas geopolíticas.
MILHO NA CME EM JUL: apesar do recorde na produção dos EUA, a maior demanda sustentou as cotações e subiu o preço do milho na CME em 2,65% no comparativo anual.
PREÇO DO MILHO EM MT: com o aumento na projeção do consumo interno, o valor pago pela saca do milho valorizou 28,10% em 2025, na média de R$ 51,60/sc.
Para a safra 25/26, o Imea projeta a área de milho em 7,39 milhões de hectares em Mato Grosso, aumento de 1,83% ante a temporada 24/25
A expansão no campo de cultivo é impulsionada pela maior demanda interna do cereal, que sustenta a valorização dos preços e incentiva o produtor a ampliar sua área agrícola. Entretanto, de acordo com os dados do projeto CPA-MT, o cenário de custos de produção mais elevados, especialmente dos insumos, impõe uma maior cautela na tomada de decisão, limitando a maior expansão na área cultivada. No que se refere à produtividade, o Instituto tem como metodologia a utilização de médias históricas.
Dessa forma, o rendimento corresponde à média das últimas três safras, que resultou em 116,61 sc/ha, redução de 6,70% em relação ao último ciclo. Essa retração é motivada pelo resultado recorde obtido na safra 24/25, assim, as projeções da temporada retornam às médias históricas. Diante disso, a produção da safra 25/26 ficou estimada em 51,72 mi de t, redução de 8,38% quando comparada à safra passada. Por fim, a comercialização do milho para a próxima temporada alcançou 25,23% em nov/25, avanço de 5,69% em relação ao ciclo anterior, reflexo da melhora nos preços do milho na próximo ciclo.
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Fonte: Imea





