1.MERCADO INTERNACIONAL

O mercado esteve condicionado principalmente pelo desenvolvimento produtivo nos EUA. A colheita avança sobre os primeiros lotes e, segundo os últimos dados oficiais disponíveis, já teria atingido 7% da superfície plantada em 22/9. Assim, começa a etapa na qual o ingresso da mercadoria limitará os avanços nos preços.

A condição das lavouras não variou em termos semanais (57% entre bom/Excelente). No entanto o clima, neste momento, não apresenta riscos consideráveis que possam causar impacto negativo nos rendimentos, nem atrasar o avanço das tarefas. Deste modo, o mercado desconta a disponibilidade de um volume de colheita próximo a 350 milhões de toneladas.

Por outro lado, o mercado está atento ao relatório trimestral de estoques físicos que o USDA publicará hoje. A média dos analistas espera um volume de 61,6 milhões de toneladas de existências físicas em 01 de setembro último. Este volume seria considerado um bom parâmetro de estoque final da temporada anterior, ainda mais se levarmos em conta que o dinamismo da demanda externa não conseguiu aportar maior estímulo nas últimas semanas.

Finalmente, o clima na América do Sul também ganhou atenção. Segundo prognósticos, estariam chegando chuvas a importantes estados produtores no Brasil nas próximas duas semanas, mas as mesmas se situariam abaixo dos registros normais para a época do ano. Isto poderia atrasar o plantio de soja, que, depois, será destinada ao plantio do milho Safrinha, cujo maior destino é a exportação.

Fonte: T&F Agroeconômica

Confirmação 1: Confirmando a possível tendência de alta do milho em Chicago os Fundos de investimento reduziram suas apostas na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) na semana encerrada na última terça-feira (24). De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida vendida dos fundos diminuiu 8% no período, passando de 176.643 para 162.551 lotes.

Confirmação 2: Apesar de ter aumentado em 2,0MT a sua ultima estimativa de estoques finais da safra 2019/20, o International Grain Council-IGC registrou queda de 40,0 MT nos mesmos estoques finais em relação à safra anterior, como mostra a tabela acima, com os maiores exportadores dispondo de 9,0 MT a menos do que a safra anterior. A produção teria recuado 31 MT e o consumo apenas 1,0MT.

2.MERCADO DOMÉSTICO

A situação da disponibilidade do milho no Brasil está bastante apertada. RS (1,5 MT) e SC (2.5-3,3 MT) tem grandes déficits de milho e o PR, embora grande produtor e exportador, é também grande consumidor e precisará aumentar em pelo menos 2,5MT sua produção interna para não começar a ter déficit na temporada 2019/20.

Se a falta de chuva atrasar o plantio das safras de verão (soja e milho) e, com isto, atrasar também a Safrinha de 2020, o Brasil corre sério risco de ter déficit de disponibilidade no próximo ano, com os preços se elevando consideravelmente, principalmente se levarmos em conta que há uma demanda extra do setor de carnes para exportação (China e outros, com os novos mercados abertos pela Ministra Teresa Cristina).

Neste momento, os grandes compradores nacionais de milho estão atentos à exportação, que pode lhes tirar parte da disponibilidade de matéria-prima e/ou elevar consideravelmente os custos, pelo aumento dos preços internos. A disputa é grande e acontece palmo a palmo, dia a dia.

Fonte: T&F Agroeconômica


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