R3: Vagem de 0,5 cm a 2,0 cm em um dos quatro nós superiores na haste principal.


Leia Também: Desenvolvimento da cultura da soja: florescimento pleno (R2) x práticas de manejo


Figura 1: Planta de soja em estádio R3.

Fonte: IPNI.

As plantas em R3 apresentam-se com 58 a 81 cm de altura e estão no estádio V11 a V17. Nesse período é comum encontrar vagens em desenvolvimento, flores murchas, flores abertas e botões florais na mesma planta.

 As vagens em desenvolvimento localizam-se nos nós mais baixos da haste principal, onde o florescimento se iniciou primeiro. Se as densidades de plantas forem adequadas, o rendimento (peso total de sementes) pode ser dividido em três componentes: o número total de vagens produzidas por planta, o número de sementes produzidas por vagem e o peso por semente (tamanho da semente).

Aumentos ou decréscimos de rendimento podem ser justificados pelo aumento ou diminuição de um ou mais desses três componentes. Geralmente, a maioria dos ganhos na produção resulta de aumentos no número total de vagens por planta, principalmente quando se obtêm maiores rendimentos.



Os limites superiores para o número de sementes por vagem e tamanho da semente são definidos geneticamente, porém, esses dois componentes ainda podem variar o suficiente para produzir aumentos consideráveis de rendimento.

Condições estressantes, como temperatura alta ou deficiência de umidade, reduzem o rendimento devido à redução em um ou mais dos componentes. As reduções em um dos componentes de produção da planta podem ser compensadas por outro componente. Assim, as produções não são alteradas significativamente.

 O componente do rendimento da planta que será reduzido ou aumentado depende do estádio reprodutivo em que a soja se encontra quando ocorre o estresse. Conforme a planta de soja se desenvolve do estádio R1 ao R5.5 diminui a sua habilidade para compensar as perdas decorrentes de uma condição de estresse, aumentando assim o potencial de redução da produção causada pelo estresse.

Figura 2. Planta de soja no estádio R3 (detalhe do 4º nó superior da haste principal com três vagens jovens).

Fonte: IPNI.

Práticas de manejo

A produção excedente de flores e vagens e o longo período de florescimento (de R1 a R5) é desejável, pois permite um certo grau de escape a pequenos períodos de estresse.

As condições de estresse (que causam altas taxas de aborto) de R1 a R3 geralmente não reduzem muito o rendimento porque, para compensar, algumas flores (e suas respectivas vagens) ainda podem ser produzidas até o estádio R5.

Além disso, o estresse nesses estádios pode resultar em um aumento no número de sementes por vagem e no peso por semente, que também ajuda a compensar o abortamento das flores e das vagens jovens.

 Os pesquisadores e os agricultores ainda não conseguiram aproveitar todo o potencial da planta de soja. Práticas como adubação, espaçamento reduzido, estande adequado, irrigação e controle das plantas daninhas são tentativas para reduzir a taxa de abortamento de flores e de vagens e aumentar, assim, a produtividade

É importante também o monitoramento de insetos e doenças, aplicação de inseticidas e fungicidas foliares, se necessário. Identificar se há estresse hídrico, o qual afeta a formação das vagens. Caso utilizar irrigação, tal prática é crítica neste estádio fenológico da cultura. Danos foliares severos no final do ciclo afetarão a produtividade final da cultura.


Veja também: Desenvolvimento da cultura da soja: início do florescimento (R1) x práticas de manejo


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Fonte das informações: IPNI.

Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.


Foto de capa: IPNI.

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