As cotações da oleaginosa em MT vêm apresentando aumentos consecutivos nos últimos dias, sofrendo influência das altas na bolsa de Chicago (CME-Group), do dólar, e da forte demanda interna pelo grão, que está impactando o básis em várias praças do estado.

Do lado da CME-Group, a demanda chinesa pela soja norte-americana vem contribuindo com a impulsão das cotações internacionais, visto que as negociações, principalmente da safra 20/21, estão aceleradas e batendo recordes.

Quanto ao dólar, o cenário político interno de reformas influenciaram nas últimas semanas, valorizando a moeda norte-americana ante o real. E por último, a demanda interna pela pouca soja disponível vem elevando o básis, o que leva as esmagadoras a pagarem muito mais pela soja em grão do que o preço exportação, principalmente devido à valorização dos subprodutos nas últimas semanas.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Com a alta demanda interna e os estoques cada vez menores, o Indicador ImeaMT apresentou alta de 3,78% na média semanal, cotado a R$ 124,83/sc.

• O contrato de mar/21 na CME-Group valorizou 1,94% na última semana, influenciado pelas preocupações com as condições das lavouras no Meio-Oeste dos EUA.



• O preço paridade exportação da soja (contrato mar/21) fechou a semana em média a R$ 100,39/sc, aumento de 1,48%. Os motivos envolvem a valorização da soja em Chicago e a alta do dólar.

• Diante dos acontecimentos da política interna brasileira, o dólar corrente apresentou leve elevação de 0,12%, cotado a R$ 5,54/US$.

Acima de 5.000 R$/T:

A demanda firme pelo óleo de soja internamente fez o preço do subproduto ultrapassar a marca de R$ 5.000,00/t nesta semana. Este é o maior valor nominal da série histórica do Imea. Apesar do patamar recorde, o óleo possui rendimento de aproximadamente 19,00% do volume de soja esmagado na indústria, o que impacta no menor nível da margem de esmagamento das empresas.

Já o farelo possui rendimento em torno de 78,00% e por isso seu preço influencia mais a margem de esmagamento do que o óleo. Em embalo semelhante, o farelo está em seu maior preço da série histórica, a R$ 1.878,67/t.

Com isso, a margem das indústrias está acima da média, a R$ 354,57/t. Por último, vale ressaltar que a soja em grão também está com preços elevados, o que vem “barrando” uma subida mais forte nesta margem. Além disso, a escassez da matéria-prima pode prejudicar as indústrias que não estão com produção negociada até o final do ano.

Fonte: Imea

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