OFERTA E DEMANDA PARA A SAFRA 2023/24

Na última sexta-feira (12/05), o USDA divulgou a primeira estimativa de O&D global para a safra 23/24. Sendo assim, o Departamento prevê uma redução de 0,55% na produção do algodão em relação à safra 22/23, estimada em 25,19 milhões de toneladas. Esse cenário é reflexo da menor produção da China, a qual é previsto uma queda de 10,33% no indicador do país. Com relação ao consumo da fibra mundial, estima-se que este deve ser de 25,31 milhões de toneladas, 6,16% superior ao estimado da safra 22/23. A maior quantidade consumida é devido a expectativa de uma melhora na economia global que tende a impulsionar a demanda, principalmente, oriunda da Índia, China e Paquistão. Por fim, o cenário do consumo superior à produção contribuiu para que a cotação do contrato de jul/23 da fibra na em NY exibisse incremento de 1,14% no dia da divulgação, precificado a ¢ US$ 80,53/lp.

Confira os destaques do Boletim:

QUEDA: o indicador Imea da pluma de algodão disponível exibiu retração de 3,19% no comparativo semanal, reflexo da procura pela fibra ainda enfraquecida no estado.

NOVA BAIXA: com a pouca demanda pelos subprodutos, o preço do óleo de algodão recuou 1,96% na semana, cotado na média de R$ 4.197,69/t.

DESVALORIZAÇÃO: seguindo as quedas nos contratos de pluma na bolsa de NY, a paridade jul/23 exibiu baixa de 1,75% em relação à semana passada, precificada a R$ 135,98/@.

A China, principal consumidora da pluma mundial, tem diminuído a sua demanda pela fibra

Desse modo, ao analisar as exportações de abr/23 dos dois principais exportadores global da pluma, os EUA e Brasil, para o país asiático, observou-se um recuo de 6,95% e 73,52% ante o registrado no mesmo período do ano passado, totalizando 78,07 mil toneladas e 2,73 mil toneladas, respectivamente. Ainda, ao analisar o acumulado anual até o momento (jan/23 a abr/23) o recuo é ainda maior, de 56,43% no volume enviado pelos EUA e 74,78% dos envios do Brasil. Este cenário de redução é reflexo da aversão ao risco, que tem afetado diretamente no consumo pela fibra, por não ser considerado um bem essencial. Além disso, vale ressaltar que a China passou por intensas restrições devido a política da Covid-zero, o que impactou a economia do país, limitando às importações da fibra. Por fim, diante deste panorama, o USDA estima que as importações totais da safra 22/23 da China serão 13,47% inferiores ao observado na safra 21/22, totalizando 1,48 milhão de t da fibra.

Fonte: Boletim semanal n° 674 – Algodão – Imea



DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.