No Estado, a maioria das lavouras encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo) e 9% na fase de floração. Nesta safra, a área inicialmente estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares. A área de cultivo de trigo no Rio Grande do Sul corresponde a 37% da área de plantio brasileira com o grão.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (30% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a cultura apresenta excelente desenvolvimento, com lavouras uniformes e bom perfilhamento; segue com bom desenvolvimento, potencial produtivo satisfatório e baixa incidência de doenças.
Com período seco na semana, observou-se aumento do ataque de pulgões, o que requer monitoramento mais frequente. Em algumas lavouras surgiram doenças fúngicas, tais como oídio e manchas foliares, controladas até o momento mediante aplicação de fungicidas.
Estas evoluem rapidamente para o estádio de alongamento do colmo, iniciando a emissão da espiga e concomitantemente a floração. As geadas ocorridas na semana provocaram alguns danos em áreas localizadas nas partes baixas das lavouras onde o ar mais frio se acumulou.
Em 92% da área de 221 mil hectares, a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (final do estádio de perfilhamento e iniciando elongação) e 8% em início da floração.
Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende os Coredes Fronteira Noroeste e Missões, 89% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo (iniciando a elongação), 10% em floração com emissão da espiga e 1% em enchimento de grãos. Na semana os produtores intensificam os tratamentos da parte aérea com fungicidas.
A condição sanitária da cultura até o momento é muito boa, e a perspectiva de produtividade ainda se mantém dentro do esperado. Ainda não é possível observar se ocorreram danos significativos em decorrência das geadas da semana, mas a maioria dos agricultores entende que os danos não foram de grande monta, uma vez que a maioria das
lavouras estava ainda em desenvolvimento vegetativo.
Os municípios de maior área cultivada com trigo na região são Giruá, com estimativa de cultivo de 23 mil hectares (100% na fase de desenvolvimento vegetativo), São Luiz Gonzaga (100% na fase de desenvolvimento vegetativo) e São Miguel das Missões (85% na fase de desenvolvimento vegetativo e 15% em floração), com 18 mil hectares de cultivo em cada município.
Na regional de Frederico Westphalen (14% da área no Estado), que corresponde aos Coredes Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, em 92% das lavouras o trigo está em desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 7,5% em início da floração e 0,5% delas encontram-se na fase de enchimento do grão.
Surgem doenças como ferrugem e manchas foliares, mas sem expressão; com isso os agricultores realizam o controle e também a aplicação de fungicidas preventivos em áreas mais adiantadas. De modo geral nas regiões a cultura apresenta bom aspecto visual.
Na regional de Passo Fundo (6,5% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Produção e Nordeste, a cultura está com 99% na fase de desenvolvimento vegetativo e 1% em floração. Os produtores realizam a aplicação de adubação em cobertura e os monitoramentos de pragas e doenças, realizando controle quando necessário.
Destaque para os municípios de Não-Me-Toque (com seis mil hectares) e Lagoa Vermelha (com quatro mil hectares), cujo rendimento em 2018 foi de 3,6 toneladas por hectare. Na regional de Santa Maria (5,5% da área do Estado), que engloba os Coredes Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, as temperaturas baixas e os dias ensolarados continuaram nesta semana, favorecendo o desenvolvimento da cultura.
Muitos produtores ainda estão fazendo os tratos culturais, tais como o controle de invasoras, a adubação de cobertura e o controle preventivo de pragas e doenças. Em 72% da área, o trigo encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento de colmos), 23% no início da floração e 5% na fase de enchimento do grão. Na região, as maiores áreas estão situadas em Tupanciretã, com 14,8 mil hectares; Santiago, com 5,5 mil hectares; Júlio de Castilhos e Capão do Cipó, com estimativa de cinco mil hectares de área cultivada com trigo em cada município.
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé (5,1% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Campanha e Fronteira Oeste, 91% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento dos colmos) e 9% na fase de floração. Os municípios com maior estimativa de área cultivada são os seguintes: São Borja, com 13 mil hectares; Itaqui, com seis mil hectares; São Gabriel, com quatro mil hectares de área cultivada com a cultura do trigo.
Destaque para as lavouras localizadas em Itaqui e São Gabriel que apresentam, respectivamente, 10 e 30% na fase da floração. Nestes municípios, o rendimento médio por hectare na safra 2018 foi de 2,3 toneladas por hectare e três toneladas por hectare, respectivamente.
Na regional de Caxias do Sul (4% da área do Estado), que corresponde aos Coredes Serra, Campos de Cima da Serra e Hortênsias, as lavouras cultivadas em municípios de menor altitude se encontram na fase de alongamento e emissão da espiga. Já nos municípios dos Campos de Cima da Serra, onde se concentra mais de 90% do trigo da região de Caxias do Sul, o trigo está em fase de perfilhamento.
Em Vacaria, a chuva de agosto até o momento foi de apenas 35 milímetros registrados no dia 2 (13 mm) e em 12 e 13 (22 mm). Tal situação beneficia a sanidade da planta; porém, está dificultando a aplicação do adubo nitrogenado pela ausência de umidade no solo. Em geral as lavouras da região apresentam bom aspecto fitossanitário; mesmo assim, os produtores deverão dar início aos tratamentos preventivos nas lavouras semeadas no início do período estabelecido pelo zoneamento.
As baixas temperaturas de julho e agosto favoreceram o perfilhamento e mantêm a expectativa de altos rendimentos das lavouras da região. Os Campos de Cima da Serra têm histórico de colheitas com qualidade e produtividade acima da média do Estado, que é de 2,46 toneladas por hectare.
Na safra de 2018, por exemplo, a média foi de 4,2 toneladas por hectare em Muitos Capões; de 3,3 toneladas por hectare em Vacaria; 3,6 toneladas por hectare em Esmeralda e de 3,3 toneladas por hectare em Campestre da Serra. Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim (com 3,3% da área do Estado), que corresponde ao Alto Uruguai, 99% das lavouras de trigo estão na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento dos colmos) e 1% em floração.
De modo geral, encontram-se com bom desenvolvimento, e alguns produtores realizam tratos culturais, tais como a aplicação de adubação em cobertura e o controle de doenças. Na regional de Soledade (com 3% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a combinação de luminosidade solar, temperaturas amenas e umidade do solo adequada propiciou condições para o bom crescimento e desenvolvimento da cultura, sobretudo aquelas manejadas com boa tecnologia.
Em 97% das lavouras da região, a fase é de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e elongação do colmo) e 3% delas estão em floração. Na região, há casos pontuais de ataque da Spodoptera (lagarta-do-cartucho) que necessitam de controle com inseticidas. Também ocorreu oídio em áreas com variedades de trigo suscetíveis; em outras, ocorrem manchas foliares e a ferrugem em menor grau, sendo necessário o uso de fungicidas.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio semanal no Rio Grande do Sul foi de R$ 41,52/sc., valor 0,22% superior ao da semana anterior, segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar. Na regional de Ijuí, os preços praticados ficaram entre R$ 41,00 e R$ 43,00/sc. Em Santa Rosa, o preço médio foi de R$ 40,97/sc. para trigo com pH 78. Na região de Caxias do Sul, o trigo foi comercializado a R$ 42,00/sc. para pH 78.
O preço médio recebido na regional de Passo Fundo foi de R$ 42,00/sc. e na regional de Erechim ficou em R$ 41,00/sc. O trigo em grão tipo 1 (pão) com pH 78, safra 2019-2020 para a região Sul tem como preço mínimo R$ 40,57/sc., estabelecido pela Portaria nº 31, de 11/03/2019.
Fonte: Emater/RS