O preço da soja disponível em MT, na última semana, fechou na média de R$ 120,14/sc, um aumento de 3,54% em relação à semana anterior. Esse cenário foi impulsionado pela alta de 1,50% da soja na Bolsa de Chicago, que fechou a US$ 9,68/bu, justificada pela demanda aquecida da oleaginosa, devido aos volumes expressivos exportados pelos Estados Unidos na última semana.
Além disso, outros dois fatores contribuíram positivamente para o incremento no preço da soja em Mato Grosso: a valorização do dólar, que apresentou um aumento semanal de 1,28%, com média de R$ 5,56/US$, e a alta de 7,83% no prêmio de Santos, que atingiu a média de ¢ US$ 161,00/bu, valor recorde para o ano.
Por fim, a colheita nos EUA se aproxima, o que deve aumentar a disponibilidade do grão no país e, como observado historicamente, esse período tende a pressionar os preços da soja em Chicago, cenário que pode influenciar negativamente os preços da commoditie em Mato Grosso.
CME-GROUP (MAR/25): o preço da soja na Bolsa de Chicago apresentou uma alta de 1,17% no comparativo semanal, encerrando a semana a US$ 10,19/bu.
BASE MT-CME: o diferencial de base registrou uma queda de 34,75% em relação à semana passada, ficando com uma média de R$ 1,12/sc.
CEPEA: devido à alta do dólar, a cotação da soja no mercado interno fechou a última semana com média de R$ 133,62/sc, um aumento de 3,29% ante a semana anterior.
A nova estimativa de safra para setembro manteve a projeção de área de soja para a safra 24/25 em Mato Grosso em 12,66 milhões de hectares
Apesar de ainda estar em aberto a área a ser cultivada no estado, o Mapa antecipou o fim do vazio sanitário da soja nesta temporada, previsto para o dia 7/set, o que permite aos produtores de MT começarem a semear.
No entanto, as previsões climáticas para os próximos meses ainda não indicam grandes volumes de chuva. Ao analisar a média dos modelos climáticos, as anomalias de precipitação para set/24 e out/24 apontam volumes abaixo da média histórica em todo o MT.
Isso poderá impactar o ritmo da semeadura no início da safra e, também, o potencial produtivo das áreas semeadas precocemente, visto a menor umidade do solo nesse momento.
Por fim, a maior parte dos produtores de Mato Grosso tendem a aguardar a normalização das chuvas para iniciar os trabalhos no campo, a fim de minimizar os riscos de perda e problemas com o desenvolvimento inicial das lavouras.
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Fonte: IMEA