Por Flávio Bonini, gerente de Serviços Técnicos da Mosaic Fertilizantes 

Os conceitos básicos para adubações racionais têm sido apresentados e discutidos em diversas oportunidades nesta coluna. Atentar-se a pontos de como fazer um bom diagnóstico do solo, entender o potencial dos materiais genéticos que serão semeados e utilizar a “Lei do Mínimo”  e os 4C’s para definir quais nutrientes, doses, locais e momentos mais adequados são passos importantes para o sucesso das fertilizações.

Com uso do “jogo da adubação”, apresentado no artigo anterior, podemos analisar exemplos práticos e comprovados de adubações racionais.  Os casos apresentados a seguir são de campos de validação de adubação realizados em  áreas de agricultores que se dispuseram a testar recomendações e tecnologias  diferentes das que habitualmente utilizam. E, para que possamos entender que os  conceitos valem para diferentes realidades, duas situações de manejo e fertilidade de  solo distintas demonstraram que sempre é possível balancear e ajustar as adubações  com foco na máxima eficiência de uso.

CASO 1 – Solo com fertilidade em construção 

O primeiro caso ilustra uma situação em Tabaporã (MT), em que o solo está em processo  de construção da fertilidade, como pode ser visto na figura de análise de solo. Os teores  de nutrientes estão classificados como “muito baixo” e “baixo” para fósforo (P) e potássio  (K), respectivamente, “médio” para o magnésio (Mg), “alto” para enxofre (S) e cálcio (Ca).

Relembrando a Lei do Mínimo, é possível constatar que o P e K são os nutrientes  limitantes à produtividade e que há ainda uma oportunidade de ajuste do Mg.  Adicionalmente, conhecendo a dinâmica dos nutrientes e a cultura a ser semeada,  podemos inferir que mesmo o enxofre em nível alto a aplicação em doses que se  equiparem à extração deste pela cultura pode ser benéfica à produtividade, por ser um  nutriente que caminha muito rápido no solo junto à água das chuvas e que é altamente  demandado pela cultura da soja.

Como resultado, as doses de P e K aplicadas na adubação “padrão” permitiram à cultura  da soja atingir boa produtividade de 3.480 kg/ha. Na adubação sugerida, as doses de P e  K foram bem menores do que na adubação padrão, entretanto, houve um melhor  balanceamento da nutrição realizada pela aplicação de Mg e S que, ao final, resultou em  3.720 kg/ha de soja.   A adubação sugerida em relação a padrão, além de incrementar a produtividade em 240  kg/ha (+6,8%) ainda se mostrou mais eficiente do ponto de vista de aproveitamento de  nutrientes, saltando de 13,6 kg para 14,6 kg de soja colhidos para cada quilo de nutriente aplicado. Os resultados corroboram com o conceito de que um diagnóstico bem feito aliado ao conhecimento do solo, nutrientes e cultura foram determinantes para o uso racional dos fertilizantes.

CASO 2 – Solo com fertilidade construída 

Existem solos que já apresentam grande parte dos nutrientes em teores adequados,  como este campo instalado em Pinhal Grande (RS). Seria mais provável que, nesse  caso, a resposta da adubação a doses de macronutrientes primários (NPK) não  apresentasse incrementos de produtividade consistentes e levasse o agricultor a  acreditar que não haveria limitações químicas ao crescimento e desenvolvimento da  lavoura.

Entretanto, no momento da definição da adubação foi observado que o boro (B)  apresentava teor médio no solo, o que levou à substituição da cobertura com Cloreto de  Potássio contendo 60%K2O por um produto de maior performance, com 58% de K2O e  0,5% de B. Em resumo, a inclusão de apenas 400 gramas de B na adubação sugerida,  em um solo com a fertilidade praticamente construída, foi responsável por um incremento  de 162 kg/ha (+4,4%) de soja em relação à adubação padrão. Nesse caso,  especificamente, pouco poderia ser alterado nas doses de P e K, por já se aproximarem  muito da exportação de nutrientes pela cultura. Porém, o diagnóstico da necessidade de  boro fez com que o resultado de produtividade fosse ampliado pela adubação, com  pouca alteração do manejo e operacional no campo. 

Com a análise dos dois casos é possível constatar que, com informação adequada,  ferramentas e insumos que atendam às necessidades, sempre é possível ajustar e  balancear as adubações e o uso dos nutrientes.

Em situações nas quais os solos ainda estão em processo de construção de fertilidade, como o caso 1, foi possível criar uma estratégia que permitiu racionalizar o uso de P e K  sem abrir mão da produtividade. Já em áreas com solo de maior fertilidade e capacidade  para suprir nutrientes para as lavouras, como o caso 2, entender os detalhes dos teores  de nutrientes e suas interações criou oportunidades para manejos que melhorem o  balanço nutricional, produtividade e sustentabilidade da produção.

Para permitir adubações de forma racional e respeitar a grande diversidade de solos,  culturas e manejos, a Mosaic Fertilizantes desenvolve e recomenda produtos como o  Performa, linha de alto desempenho que combina o que há de mais avançado em  tecnologias para proporcionar maior eficiência nas adubações e aumentar a  produtividade, rentabilidade e sustentabilidade das lavouras. A solução possui o melhor  das tecnologias da empresa em fertilizantes – MicroEssentials, Aspire e K-Mag – com macro e micronutrientes em teores equilibrados e disponibilidade imediata e gradual,  proporcionando alto rendimento operacional e distribuição eficaz em campo. Todas essas  características proporcionam melhor nutrição das lavouras e resultam em aumento de  produtividade, como na soja: até oito sacas por hectare em relação a adubações  convencionais.

Fonte: Assessoria de imprensa Mosaic Fertilizantes



 

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