De acordo com os dados levantados pelo Imea, o preço do frete apresentou elevações nas últimas semanas em Mato Grosso. Com alto fluxo de escoamento da soja para os portos brasileiros no último mês e a entrada da colheita no estado, o setor logístico começou a enfrentar uma maior demanda para as frotas de carregamento de grãos.

Assim, foi observada uma elevação de 5,86% no preço da tonelada para a rota de Sorriso a Santos quando comparado ao do mesmo período do ano passado (27/06). Do mesmo modo, o valor do trajeto com origem em Sorriso e destino Paranaguá se elevou, ficando estimado em R$ 290,00/tonelada do grão, aumento de 3,57% em relação à 2019.

Entretanto, ainda que a procura para o escoamento da produção mato-grossense esteja elevada neste período, não há sinais de problemas ou dificuldades para dar vazão entre a ferrovia e as rodovias do estado, segundo os reportes do instituto.

Confira agora os principais destaques:

• O contrato jul/21 na bolsa de Chicago apresentou queda de 2,23% até à semana passada, refletindo a expectativa de uma supersafra nos Estados Unidos.

• Na B3 o contrato corrente do milho teve alta de 1,77% em relação à semana passada e ficou cotado a R$ 46,07/sc, diante da influência do dólar no mercado do cereal.



• A base MT – CME subiu 1,13% na comparação com a semana passada, diante da maior desvalorização do cereal na bolsa de Chicago em relação ao indicador Imea – MT.

• A colheita fechou a sexta-feira (26/06) com 31,56% da área semeada em Mato Grosso já colhida, representando avanço de 15,21 p.p. em relação à semana passada, estimada em 16,35%.

Cenário dos preços:

É comum em Mato Grosso o recuo nos preços no período da colheita, devido a maior oferta de grãos para o comércio. Neste ano não foi diferente, os preços caíram 17,58% nos últimos trinta dias seguindo esta sazonalidade.

No entanto, não é só este fator que está auxiliando na retração das cotações do Indicador Imea, mas também as cotações do milho na bolsa de Chicago (CME) e dólar, que nos últimos meses tiveram variações negativas no mercado financeiro.

Deste modo, os agricultores do estado estão optando por segurar o restante da comercialização do milho (restando apenas 14,89% para MT), aguardando o término da colheita para se ter ideia de como será a produção na lavoura e a fim de esperar preços melhores, como os praticados no início deste ano no mercado do cereal.

Porém, vale salientar que de qualquer maneira os agricultores encontram um cenário mais favorável do que o visto no ano passado, quando a saca do milho era negociada com valor 23,98% menor que o comercializado agora.

Fonte: Imea

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