No domingo, 26, o pesquisador Marenilson Batista vai falar de uma experiência que tem vivido nos últimos anos, realizando pesquisas e motivações em diversos processos de desenvolvimento e inovação tecnológica na produção orgânica e agroecológica da cotonicultura no Semiárido do Brasil.

Ele será um dos painéis dentro da programação preparatória do Brasil Eco Fashion Week (BEFW), um evento anual que ocorre em São Paulo e promove as boas práticas de sustentabilidade no mercado e na indústria da moda brasileira, reunindo conteúdos, desfiles, mercados de venda, características e atividades de empreendedorismo. Veja a programação aqui.

Trabalhando há anos com algodão orgânico e seus consórcios agroalimentares, o engenheiro agrônomo e fitotecnista, lidera na Embrapa Algodão (Campina Grande – PB) um grupo de pesquisadores, técnicos e analistas dedicado a esse filão do agro regional. Batista tem avançado aos agricultores da região que a cotonicultura orgânica possui condições competitivas favoráveis ​​para geração de renda, mantendo-se viável com mesmo baixos índices de chuvas, condição edafoclimática típica no Semiárido do Nordeste brasileiro.

Ao longo dos últimos anos a Embrapa Algodão vem difundindo as vantagens da cotonicultura, de base orgânica e familiar, especialmente para se tratar de um produto que tem mercado garantido dentro da própria região Nordeste, que possui parque têxtil, instalado de ser um produto agrícola praticamente não-perecível. 

Na Paraíba, por exemplo, uma produção de algodão orgânico incentivou o grupo Santa Luzia a fomentar, nos últimos anos, esse cultivo nos municípios de Brejo do Cruz, Belém do Brejo do Cruz, São Bento e São José do Brejo do Cruz, envolvendo, inclusive, comunidades quilombolas, em sistema de agricultura familiar, com uma produtividade média de 1.200 quilos de algodão por hectare. Em 2020, cerca de 180 pessoas foram envolvidas neste tipo de produção.

BEFW

O painel trará também Yasmin Lourenço cofundadora da Yacarantã Agroflorestal. A mediação ficará a cargo da designer, Larissa Duarte da startup Jurema. Realizado desde 20218, o evento é voltado para o setor de moda, com foco no segmento de moda sustentável, mas entende que para mudanças sistêmicas acontecerem, o debate deve envolver todos os setores.

“Conversar sobre o tema água, relacionando os setores agrícola e têxtil e moda, permite aproximar empresas, instituições, mercados, comunidades e pessoas, para discutir um assunto de extrema forex que é uma gestão hídrica”, diz Larissa.

Ela ressalta que os panfletos vão falar sobre as práticas que realizam e pesquisam ligadas a agrofloresta e agroecologia, abordando soluções para a regeneração do solo e manutenção do ciclo hídrico, evitando água no solo, pegada hídrica, evitando de projetos envolvendo multi- parceiros e oportunidades para a moda regenerativa. Incluindo perspectivas sobre como espécies que plantam e beneficiam, como fibras de algodão e sisal, além dos alimentos. 

Moda sustentável, moda ética consciente, moda ecológica, moda regenerativa, moda, slow fashion são alguns dos conceitos-motores da BEFW e tentam comunicar o novo momento da moda e como linhas de ação que os principais atores da iniciativa perseguem. 

“A moda é um sistema complexo e seus impactos, assim como suas tendências, influenciam no mundo todo: 10% das. Globais de gases do efeito causado são gerados a esse setor, um quarto dos produtos químicos calculados são usados ​​na produção de tecidos , 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis são geradas por ano e 20% da contaminação hídrica é associada à produção de moda, informa o site oficial da Semana.

Os realizadores destacam que o Brasil desenvolvido a maior cadeia produtiva de moda completa do Ocidente, abrigando desde o cultivo da fibra no campo, até a reciclagem do produto. É um negócio que tem um grande potencial para colocar em prática novos modelos, como os fluxos restaurativos e regenerativos propostos pela economia circular.

A Embrapa desenvolveu a primeira cultivar de algodão colorido há 20 anos, com o objetivo de alternativas de renda para os agricultores do Semiárido, além de contribuir para a preservação ambiental. Já são seis variedades lançadas, com tonalidades que variam do verde aos marrons claro e avermelhado. A cultivar mais adotada pelos produtores é a BRS Rubi, por sua tonalidade mais escura, que é mais demandada pela indústria têxtil.

Fonte: Embrapa

Foto de capa: Felipe Macêdo Guimarães | SIPTT / CNPA

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