Diante do receio de agentes de mercado consultados pelo Cepea de que as medidas adotadas por governos para conter o avanço do coronavírus possam dificultar a logística nacional, muitas indústrias têxtis foram interrompendo suas atividades no final de março, exceto as que fornecem produtos hospitalares. Vale ressaltar que, com o fechamento de lojas físicas de produtos não essenciais em diversas cidades, incluindo os shoppings, as demandas por fios e pelo algodão diminuíram significativamente. Do lado comprador, as indústrias consultadas pelo Cepea, que ainda estão operando, trabalham com a matéria-prima estocada – muitas reduziram o ritmo de produção.
A maioria dos agentes segue adiando o recebimento, solicitando aumento no prazo de pagamento, ou até mesmo, cancelando os pedidos. Dos poucos vendedores ativos, parte se manteve firme nos valores pedidos. Neste cenário, as efetivações foram pontuais, especialmente na segunda quinzena de março. Entre 24 e 31 de março, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 2,38%, fechando a R$ 2,8414/lp na terça-feira, 31. No acumulado de março, a queda é de 2,88%.
Fonte: Cepea