Contando com um maior interesse comprador e com o suporte da paridade de exportação, o algodão encerrou a semana com preços 1,2% superiores aos do fechamento da anterior. A indicação no CIF de São Paulo ficou em R$ 2,65 por libra-peso. Quando se comparada ao mesmo período do mês passado, a alta acumulada é de 6,0%. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é de 10,5%. Importante que se diga que no início da temporada essa última comparação mostrava uma retração próxima a 30%.

Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, ainda se percebe que algumas indústrias precisaram adquirir pequenos lotes para demanda imediata. “Porém, como muitas delas entram em férias coletivas em breve, os reportes de maior volume são para entrega a partir de meados do próximo mês de janeiro”, pondera.

No FOB do porto de Santos/SP, no final da manhã desta sexta-feira (06), a fibra brasileira era colocada à disposição de compradores internacionais a 64,73 cents de dólar por libra-peso (c/lb), se elevando 0,93% em relação ao fechamento da semana passada, 2,17% quando comparado ao mesmo período do mês passado e queda de 15,52% em relação ao mesmo momento do ano anterior.

Na comparação com o contrato de maior liquidez na Bolsa de Nova York (março/20), o produto brasileiro está 0,62% mais acessível. Há uma semana era indicado por um valor 3,31% inferior e há um mês 2,93% inferior. Isso mostra que o produto brasileiro se ajustou a paridade de importação, mas segue com um preço inferior ao do norte-americano.

As exportações seguem em ritmo acelerado. Em novembro foram vendidas 256,307 mil toneladas (t) ao exterior, 11,1% abaixo das 288,172 mil t de outubro e 21% acima das 211,7 mil t de novembro do ano passado. Com isso, no acumulado das 25 primeiras semanas da temporada as vendas externas da fibra chegaram a 860,518 mil toneladas (recorde para o período). Esse volume supera as 519,728 toneladas embarcadas no mesmo período do ano comercial anterior em 65,6%.

Além disso, com esse desempenho, a cadeia produtiva já conseguiu exportar 40,7% do saldo de produção em relação ao consumo interno no ano comercial 2019/20. No mesmo período do ano anterior, havia escoado 38,6% do saldo daquela temporada. “Isso mostra que, mesmo tendo um saldo 57% superior, a cadeia produtiva tem sido eficiente no escoamento do excedente de produção em relação ao consumo”, completa Bento.

Fonte: Agência SAFRAS


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