Os preços da soja voltaram a atingir patamares históricos nas principais praças do país nesta semana. A falta de produto e a necessidade dos compradores sustentaram as cotações, mas o ritmo dos negócios é lento.
O produtor comercializou quase toda a soja colhida em 2019/20 e metade da temporada 2020/21, que tem plantio previsto para setembro. Já há, inclusive, negócios envolvendo a temporada 2021/22. A antecipação de vendas de duas safras não é comum para a soja.
Este cenário mostra um produtor capitalizado e aumentando demais suas pedidas. A indústria mostra poucas condições de acatar os atuais níveis de preço. Por isso, os negócios se arrastam.
A alta do dólar nessa semana, que na máxima quinta superou R$ 5,67, voltou a distorcer o mercado. Os preços subiram para patamares históricos, mas nominais. Nem mesmo a queda de Chicago conteve o ímpeto do vendedor.
Com a oferta escassa e com a necessidade do comprador, o produtor eleva suas pedidas, mas sem contrapartida. Há soja cotada a R$ 137,00 no interior de São Paulo, a R$ 121,00 para venda antecipada para junho em Rio Grande e comprador oferecendo até R$ 130,00 no disponível do Paraná.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 130,00 para R$ 132,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 129,50 para R$ 131,50. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 130,00 para R$ 133,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 127,50 para R$ 130,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca ficou em R$ 133,00. Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 125,00 para R$ 129,00. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 130,00 para R$ 132,00. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 125,00.
Fonte: Agência SAFRAS