Durante a última semana, as cotações do contrato de jul/22 de milho na CME Group atingiram o recorde de US$ 8,10/bu, máxima dos últimos 10 anos. Dessa forma, os conflitos (Rússia e a Ucrânia) seguem pautando um cenário incerto em relação à oferta do milho ucraniano, pois o país é o quarto maior exportador mundial do cereal.

Outro ponto que culminou na alta, estão as preocupações quanto a previsões climáticas nos EUA, devido à estimativa de geada para as regiões produtoras do cereal do país. Apesar disso, é muito cedo para definir o cenário da safra norte-americana, visto que, os trabalhos iniciaram neste mês e a estimativa da área de milho é recorde para a temporada.

Por fim, apesar do dólar apresentar recuo nas últimas semanas, os recordes nas cotações em Chicago na semana passada, somado a uma menor oferta do milho esperada no mercado mundial, estimularam a alta de 3,19% na paridade de jul/22 ante a semana passada, que poderá impactar as exportações do cereal mato-grossne.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Alta: as cotações correntes na bolsa de Chicago na última semana tiveram alta de 2,89% se comparado com a anterior e o cereal ficou cotado a US$ 8,09/bu.
  • Incremento: Devido as altas em Chicago e o recuo dos produtores do mercado, as cotações na B3 tiveram alta 2,64% no comparativo semanal, e ficou cotado a R$ 90,32/sc.
  • Queda: o preço do milho disponível no estado variou -0,61% ante a semana passada e ficou cotado a R$ 73,01/sc.

Custo de produção da safra 2022/23 de milho em MT tem nova alta em mar.22.

Segundo os dados do último relatório divulgado pelo Instituto na segunda-feira (18/04), o custeio da safra futura do milho de alta tecnologia no estado ficou em R$ 3.265,08/ha, um aumento de 1,21% ante a fev.22.

Essa alta, se deu pelo aumento no custo dos macronutrientes em 1,42%, que foram impactados pela valorização nos preços dos fertilizantes em mar.22, devido às incertezas quanto à oferta do produto no mercado internacional. Para se ter uma ideia, em mar.22 o preço; do MAP, da ureia e do KCL, aumentou de 107,95%, 95,60% e 155,08%, comparado com o mesmo período do ano passado, respectivamente.

Por fim, além da alta nos preços, o desafio dos produtores para a próxima safra, se estende em relação à disponibilidade dos produtos, que estão sendo afetados fortemente pelas sanções à Russía e Biolorussia, crise energética na China, entre outros fatores.

Fonte: IMEA

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