Por Dr. Argemiro Luís Brum
A cotação do milho, para o primeiro mês cotado, melhorou um pouco na semana, fechando a quinta-feira (21) em US$ 3,87/bushel, contra US$ 3,75 uma semana antes.
Enquanto isso, no dia 17/08, segundo o USDA, 71% das lavouras de milho dos EUA estavam em condições entre boas a excelentes, 21% regulares e apenas 8% entre ruins a muito ruins. Já os embarques de milho estadunidense, na semana encerrada em 14/08, atingiram a 1,05 milhão de toneladas, quase 500.000 toneladas abaixo do registrado na semana anterior. Com isso, o total exportado pelos EUA, no atual ano comercial, chegou a 64,2 milhões de toneladas do cereal, contra 50,2 milhões em igual período do ano anterior.
Já no vizinho país Argentina, espera-se um aumento de 9,6% na área semeada com milho neste novo ano comercial, com a mesma atingindo a 7,8 milhões de hectares. Em se confirmando, esta será a segunda maior área do cereal naquele país, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Lembrando que a Argentina é o terceiro maior exportador mundial de milho.
E no Brasil, os preços continuaram em compasso de espera, com as principais praças gaúchas negociando o cereal entre R$ 59,00 e R$ 60,00/saco, enquanto a média local subiu um pouco, para R$ 62,37/saco. Nas demais regiões brasileiras, a média oscilou entre R$ 44,00 e R$ 58,00/saco. Enquanto isso, na B3 o fechamento do dia 20/08 indicou valores de R$ 65,25/saco para o contrato setembro/25 e R$ 70,65/saco para o contrato janeiro/26.
Dito isso, a colheita da safrinha se aproxima do final. No Centro-Sul brasileiro a mesma, no dia 14/08, atingia a 94% da área semeada, enquanto o plantio da nova safra de verão avança. No Centro-Sul nacional, até o mesmo dia apontado, cerca de 1,6% da área esperada estava plantado, sendo que a concentração se dá no Rio Grande do Sul, estado que inicia o plantio no país (cf. AgRural).
Em paralelo, as exportações brasileiras de milho melhoraram bastante em agosto. Segundo a Secex, nos primeiros 11 dias úteis do mês o país exportou 3,1 milhões de toneladas, correspondendo a 51,6% do total exportado em todo o mês de agosto do ano passado. Com isso, a média diária é de 3,1% superior à média de agosto do ano passado. Com isso, houve revisão para cima no volume a ser exportado pelo Brasil no corrente ano comercial, com o mesmo podendo superar a 40 milhões de toneladas, contra 36 milhões apontados anteriormente pela Conab.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).