Em setembro, o mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul foi caracterizado por baixa liquidez e desafios significativos, principalmente devido às intensas chuvas que dificultaram tanto o transporte do grão quanto a continuidade da semeadura. A disparidade entre os preços de compra e venda se manteve, com produtores aguardando por melhores condições de negociação, e indústrias de beneficiamento alegando dificuldades para escoar o arroz beneficiado, o que limitou as aquisições.

A desvalorização do dólar desanimou orizicultores, que restringiram ainda mais o volume ofertado no spot, enquanto dedicavam atenção ao plantio da nova safra. Apesar das oscilações pontuais, os preços do arroz em casca mantiveram-se estáveis em relação ao mês anterior, com alguns compradores precisando elevar suas ofertas para suprir a necessidade de estoques.

PREÇOS REGIONAIS 

Entre os dias 30 de agosto e 30 de setembro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS subiu ligeiro 1,65%, operando entre o valor mínimo de R$ 117,57/sc (no dia 30/ago) e máximo de R$ 119,68/sc no dia 25/set – diferença de apenas R$ 2,11/sc. A média mensal foi de R$ 118,83/sc, avanço de 17,85% comparada à de setembro/23.

Dentre as microrregiões que compõem o Indicador, a da Campanha apresentou alta de 1,41% comparando-se as médias de agosto e setembro deste ano, para R$ 116,78/sc em set/24. Na Depressão Central, a valorização foi de 1,28%, a R$ 114,61/sc. Na Zona Sul, Planícies Costeiras Externa e Interna e Fronteira Oeste, houve elevações de 1,22%, 1,11%, 1,07% e 0,76%, com respectivas médias de R$ 121,15/sc, R$ 121,35/sc, R$ 120,79/sc e 118,45/sc.

Para as demais faixas de rendimento acompanhadas pelo Cepea, o preço médio do produto com 50% a 57% de grãos inteiros no Rio Grande do Sul subiu 0,82% entre ago/24 e set/24, a R$ 116,50/sc de 50 kg. Os grãos com 59% a 62% de inteiros se valorizaram 1,32% no período, com a média passando para R$ 119,59/sc. Quanto ao de 63% a 65% de grãos inteiros, a alta foi de 0,98% em igual comparativo, a R$ 121,38/sc.

CAMPO 

Até o dia 26 de setembro, o Rio Grande do Sul atingiu 77.645 dos 948.356 hectares semeados previstos pelo Irga. A Fronteira Oeste continuava adiantada no plantio em comparação com as outras regiões, com 26,67% semeados dos 281.542 he previstos. Segundo dados do IRI (Internacional Research Institute for Climate Society) do dia 25, a previsão para o próximo trimestre é de maior probabilidade de chuvas abaixo do normal na metade do Rio Grande do Sul. Este fato é um ponto de atenção, já que existe a possibilidade de ocorrer rápida diminuição da umidade do solo no período final da semeadura do arroz irrigado.

A possível ocorrência da La Niña, que iniciaria entre outubro e novembro no estado, aumenta as chances de haver redução nas precipitações a partir de novembro. Assim, mesmo com os atrasos observados no início da semeadura, a expectativa é que em novembro ela esteja finalizando, ao contrário do observado na safra anterior sob influência do El Niño.

VAREJO 

Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15(IPCA-15, considerado uma prévia da inflação) divulgados pelo IBGE apontam variação positiva de 0,13% nos preços de um conjunto de produtos e serviços vendidos no varejo e consumidos pelas famílias brasileiras em setembro/24. Especificamente em relação ao arroz, houve queda de 0,33% entre 15 de agosto de2024 e 13 de setembro de 2024 e avanço de 26,69% nos últimos12 meses, na média nacional.

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Fonte: CEPEA



 

FONTE

Autor:AGROMENSAIS SETEMBRO/2024

Site: Cepea

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