Após longo período seco, setembro marcou a volta das chuvas em parte das Regiões Sudeste e Centro-Oeste. O mês também foi marcado por umidade relativa do ar baixa e temperaturas elevadas.

Em relação à precipitação, a região Norte acumulou grandes volumes na parte norte de seu território, chegando ao final do mês com totais na faixa entre 120 mm e 300 mm. Na metade sul, os volumes ficaram abaixo dos 90 mm. No Centro-Oeste, o clima seguiu dentro das características típicas desse mês de transição, entre o período seco e o chuvoso, com baixos volumes e distribuição irregular da precipitação. Porém, houve precipitação em todos os estados e no Distrito Federal.

Destaques para o norte do Mato Grosso e para o sul do Mato Grosso do Sul, com volumes entre 40 mm e 100 mm. Do mesmo modo, o Sudeste também seguiu dentro das características típicas desse mês de transição, entre o período seco e o chuvoso, com baixos volumes e distribuição irregular da precipitação. Os maiores volumes foram no litoral de São Paulo, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com totais entre 40 mm e 80 mm. Nas demais áreas, a precipitação acumulada ficou entre 10 mm e 30 mm.

Na Região Nordeste, setembro teve seus maiores volumes de chuva na faixa leste, entre o sul da Bahia e o Rio Grande do Norte, com totais entre 40 mm e 120 mm, e no oeste do Maranhão, com totais acumulados entre 40 mm e 90 mm. Nas demais localidades do Nordeste, os volumes ficaram, predominantemente, abaixo dos 30 mm.

A precipitação na Região Sul atingiu volumes elevados, entre o Rio Grande do Sul e o sul do Paraná, com totais entre 110 mm e 260 mm. No centro-norte do Paraná, contudo, as chuvas foram mais irregulares, o que resultou em acumulados inferiores, com totais entre 40 mm e 70 mm.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIA

Em setembro, o Oceano Pacífico Equatorial se manteve na sua fase neutra das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM), porém com tendência de resfriamento, como observado nas anomalias negativas de TSM da segunda quinzena, indicando uma tendência de formação de uma nova fase de La Niña.

Os registros diários da TSM no Oceano Pacífico Equatorial, nas últimas semanas, mostram uma grande oscilação e intensificação do sinal negativo, como pode ser observado no gráfico diário de anomalia de TSM na área 3.4 de El Niño/La Niña (entre 170°W-120°W). Considera-se que o Oceano Pacifico Equatorial está na fase neutra quando as anomalias médias de TSM estão entre -0,5 °C e +0,5 °C durante alguns meses.



O gráfico com a média dos modelos de previsão de El Niño/La Niña mudou muito em relação ao mês anterior. Agora, a previsão apresenta probabilidade de 66% de formação de uma nova fase de La Niña no trimestre outubro, novembro e dezembro de 2021. Segundo a previsão, o fenômeno pode durar até o início do outono.

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO OUTUBRO-NOVEMBRO DEZEMBRO/2021

Para a Região Sul, as previsões climáticas indicam um predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas abaixo da média. Contudo, em outubro há possibilidade de áreas com chuvas acima da média, entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul do Paraná.

Para a Região Centro-Oeste haverá distribuição irregular das chuvas, porém as probabilidades de chuvas na faixa normal ou acima predominam. Em outubro, as previsões indicam probabilidade de chuvas abaixo da média em áreas de Goiás, Mato Grosso e norte do Mato Grosso do Sul.

No Sudeste, também haverá distribuição irregular das chuvas, porém com probabilidades de chuvas na faixa normal ou acima predominam no Rio de Janeiro, Espírito Santo e algumas áreas de Minas Gerais. Em São Paulo, predominam áreas com possibilidade de chuvas dentro da faixa normal ou abaixo.

Nas Regiões Norte e Nordeste há um predomínio de áreas com probabilidade de chuvas na faixa normal ou acima. No Matopiba, as chuvas em outubro devem ficar mais regulares na segunda metade do mês.

FIGURA 3 – PREVISÃO PROBABILÍSTICA DE PRECIPITAÇÃO PARA O TRIMESTRE OUTUBRO-NOVEMBRO-DEZEMBRO/20

Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do sítio do Inmet



Fonte: Conab

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