As cotações do milho em Chicago fecharam em queda, de 0,77% e o dólar, de 1,22%, ocasionando a queda nos preços de exportação e deixando os compradores domésticos respirarem aliviados. Assim mesmo, os preços subiram muito no RS e um pouco menos nos demais estados. Foram realizadas muitas vendas no Centro-Oeste em direção ao mercado interno dos dois estados do extremo-sul do país.
No Rio Grande do Sul o preço do milho spot subiu bastante (cerca de R$ 3,00/saca) no final desta semana, passando da faixa entre R$ 38,00- 39,00 para a faixa entre R$ 40,00-41,00 no interior. Em Santa Catarina os preços no atacado permaneceram inalterados em Concórdia, a R$ 43,50; subiram 1,18% em Mafra, para R$ 43,00; 2,51% em Canoinhas e Chapecó para R$ 42,50 e 5,08% em Campos Novos, para R$ 43,40.
No mercado físico do Paraná, o mercado de milho praticamente parado no Paraná, com pouquíssima oferta nos últimos 20 dias, com tendência de alta de preços diante da falta de oferta e alta dos preços no norte do Paraná, principalmente por produtores agrícolas, e de certa maneira de cooperativas que não estão realizando fixações de produtos. A demanda pelo produto continua alta, baseada na pouca oferta e também no cenário que se desenrola do atraso no plantio da soja, o que acarreta no atraso do plantio da Safrinha, gerando a probabilidade de área menor de plantio, menor investimento e até mesmo o risco de eventual geada na região, sugerindo, no momento, um cenário de preços positivos para o longo prazo.
Em Campinas (SP), preços do milho em ambiente firme, segundo a XP Agro. Na comparação com a sexta-feira (11/10), a amostra da XP Investimentos registrou valorização de R$ 1,29/sc ou 3,20%, agora, com média de R$ 41,70/sc. É o maior valor há mais de 6 meses, de modo que as referências voltam aos níveis recordes. De maneira geral, produtores e intermediários estão retraídos, pedindo mais pelos estoques de olho nas exportações. Compradores locais cedem aos poucos (fluxo de comercialização é baixo) e vão buscando apenas repor seus estoques, de olho nos movimentos de Chicago e da taxa de câmbio.
Lá fora, os preços encontram suporte na piora do clima no Cinturão Agrícola norte americano, com queda intensa de temperatura e dos possíveis estresses climáticos decorrentes. As referências nos portos brasileiros acompanham o movimento firme. As indicações para outubro estão estáveis em R$ 40,50/sc. No Brasil, especulações envolvendo clima e chuvas permanecem na agenda para os próximos meses, dado tempo predominantemente seco e início do plantio em praticamente todo o país.
No Mato Grosso, foram negociadas 150.000 toneladas de milho da safra atual, nesta semana, entre os mercados interno e externo, a preços que oscilaram de R$ 25,50 a R$ 33,00 conforme a localização. Da safra 1019/20 foram negociadas 40.000 toneladas, com vendas apenas pontuais, tudo para o mercado interno, a preços entre R$ 23,00 e R$ 28,00.
Em Goiás, foram negociadas 24.000 toneladas da safra 2018/19 e 65.000 toneladas da safa 2019/20. Os preços do mercado spot ficaram ao redor de R$ 30,00 em Formosa, R$ 31,00 em Jataí, R$ 32,50 em Cristalina e R$ 35,00 em Goiânia e Rio Verde. Milho da safra 2019 já está 83% comercializado. Da safra 2020 cerca de 22%. Deve-se considerar que aproximadamente 2,0 MT foram feitas pelo sistema barter de troca por insumos.
Na Bahia os preços subiram cerca de 6,25% em LAM e 6,35% em Barreiras, para perto de R$ 34,00/saca, com poucos negócios reportados. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 35,00 (36,04 do dia anterior) para dezembro, R$ 36,22 (37,27) para março e R$ 33,97 (34,85) para maio de 2020.
Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 31,63 (R$ 32,02 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 35,10 (35,54) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 34,61 (35,03) /saca. O milho argentino a R$ 53,09 (53,43) e o americano a R$ 59,96 (60,71) no oeste de SC. Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo tiveram leve queda, de 0,43%, levando o ganho mensal a 4,01% (4,45% no dia anterior).
Os preços dos suínos no Paraná mantiveram a sequência de altas, desta vez de forma mais acentuada, de 1,06% no dia, elevando o acumulado do mês para 7,22%. Os preços do boi gordo em São Paulo fecharam com nova alta expressiva, de 0,89%, com o acumulado se mantendo no território positivo em outubro e atingindo 1,48%.
Fonte: T&F Agroeconômica