A China comprou apenas 2 cargos (120 mil toneladas) nesta segunda-feira e para o 3o trimestre, o dólar subiu 1,40% e as cotações da soja em Chicago caíram 0,72%. A mistura destes três fatores permitiu aos compradores da soja brasileira aumentarem 0,52% o preço pago nos portos do Sul ou seus equivalentes pelo país, a R$ 101,45/saca, que não ultrapassou ainda o valor mais alto já pago para esta data, elevando o ganho do mês para 0,24%.
No mercado interno a alta foi de 0,83% para R$ 95,82/saca, elevando os ganhos do mês para 2,11%. O fato de o Brasil estar embarcado perto de 15 milhões de toneladas de soja em abril não deve afetar muito os preços atuais da soja, porque foram negócios feitos no mínimo há 60 dias, se não 12 meses para embarque agora. O que realmente conta são os novos negócios que surgem no dia a dia e que estão minguando, como mostramos abaixo.
No RS os preços permaneceram inalterados, caminhando de lado pelo 13o dia consecutivo
Os preços da soja disponível, no Rio Grande do Sul continuam caminhando de lado, sem subir significativamente. Nesta segunda-feira mantiveram os mesmos preços do dia anterior, apesar da alta do dólar, fechando com preços inalterados ao redor de R$ 102,50 para maio no porto. No interior, os preços se mantiveramem R$ 97,00 em Cruz Alta e R$ 96,50 em Passo Fundo e Ijuí, para abril. Soja futura ficou em R$ 98,40.
Os preços de balcão, pagos aos agricultores continuam entre R$ 88,50 e R$ 90,00/saca, conforme a distância.
No Paraná mercado bem travado
Os negócios estão travados. Os preços para os agricultores estão parados em R$ 90,00/saca há 13 dias e os do mercado disponível em Ponta Grossa em queda de 3 reais/saca para R$ 95,00 para maio. No porto, os preços terminaram o dia com perda de 1 real/saca a R$ 101,00 para maio e R$ 101,00 para junho (2 reais a menos). Para entrega durante e pagamento no fim de abril de 2021 o preço permaneceu em R$ 94,00/saca em Ponta Grossa (que julgamos um excelente preço).
Relatório de Soja da China: Boas margens impulsionam mais compras de embarque no 3o trimestre
A demanda chinesa de soja continuou a se concentrar nos embarques entre junho e agosto de 2020, uma vez que as margens de esmagamento permaneceram fortes na sexta-feira, enquanto vários vendedores estavam ansiosos para empurrar a nova safra de 2021 com
boas margens.
O indicador APM-6 CIF China para embarque de junho foi avaliado em 135 c/bu em relação aos futuros de julho, o que equivale a US$ 359,75/t CIF China, cerca de US$ 1/t abaixo em relação à avaliação anterior. Os interesses de compra para os embarques de julho foram indicados em 142 c/bu sobre os futuros de julho contra ofertas de 150 c/bu em relação aos futuros de julho.
Pelo menos mais três cargas foram compradas por trituradores chineses sexta-feira durante a noite com uma para julho, agosto e setembro de 2020, respectivamente. Mais cedo na sexta-feira, um embarque de soja brasileira de maio/junho foi negociado em 132-133 c/bu sobre os futuros de julho na base CFR China.
Os prêmios no mercado de Origem nos portos brasileiros recuaram 1 cent para maio, 3 cents para junho, avançaram 10 cents para julho e recuaram 5 cents para agosto. Para 2021 recuaram 10 cents para fevereiro, avançaram 15 cents para março, permaneceram inalterados para abril, maio e julho e avançaram 12 cents para junho, mostrando os meses de maior e menor interesse dos compradores.
No mercado de Paper de Paranaguá negociou Maio a +65K.
No mercado CIF portos de Dallian, os prêmios da soja brasileira fecharam o dia inalterados pelo terceiro dia consecutivo.
SUBPRODUTOS- Mercado internacional: óleo de soja caiu na China,mas subiu na Europa e na Índia.
No porto chinês de Dallian a soja em grão avançou para US$ 733,59/t, contra 729,73/t do dia anterior; o farelo de soja recuou novamente para R$ 380,65/t, contra US$ 384,38/t do dia anterior e o óleo de soja recuou novamente para US$ 789,02/t, contra US$ 793,09/t do dia anterior.
Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, o preço do primeiro mês cotado da soja-grão recuou novamente para US$ 355,30/t contra US$ 357,80/t do dia anterior; o pellets de soja recuou para US$ 388,0 contra US$ 393,0 do dia anterior, afloat. Os preços dos óleos vegetais, para o primeiro mês, terminaram o dia cotados a: o óleo de canola recuou para US$ 782,57/t contra US$ 783,22/t do dia anterior; o óleo de linhaça permaneceu inalterado em US$ 867,50; o óleo de soja recuou para US$ 684,75/t contra $ 696,19/t do dia anterior; o óleo de girassol recuou para US$ 745,00 contra US$ 750,00/t do dia anterior e o óleo de palma permaneceu inalterado em US$ 560,00.
Na Índia, maior importador de óleos vegetais do Mundo, o óleo de soja caiu forte de US$ 885 para R$ 872/t, em Nova Delhi, como mostra o gráfico ao lado.
Fonte: T&F Agroeconômica