A exportação de soja do Brasil, maior exportador global da oleaginosa, pode atingir 11,9 milhões de toneladas em maio, contra 16,3 MT em abril, projetou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), com base em embarques já realizados e na programação de navios para carregar o produto.
Dependendo das condições climáticas para embarques e de mercado, a projeção de exportação pode ser alterada. O line-up de navios, assim, é atualizado com frequência. Se a projeção atual for confirmada, ficaria abaixo do recorde de mais de 14 milhões de toneladas contabilizado pela Anec em abril.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, o recorde no mês passado foi ainda mais expressivo, de 16,3 milhões de toneladas, com uma forte demanda da China.
O volume contabilizado pela Anec difere dos números do governo por considerar os embarques efetivados, explicou o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, à Reuters. “Nós calculamos pelo line-up de navios no porto. Dia a dia. A Secex pelos registros do exportador eletronicamente, mas baseado em documentação que nem sempre é disponibilizada com a velocidade do line-up, que é imediata”, disse ele.
A Anec afirmou ainda que Brasil voltará a exportar milho neste mês após cerca de 60 dias sem embarques do cereal, em meio a uma oferta mais apertada antes da colheita segunda safra.
As exportações de soja em Abril foram absolutamente recordes país.
Segundo a associação, a programação indica a exportação de 30 mil toneladas de milho na segunda quinzena do mês, o primeiro embarque após quase dois meses do Brasil, o segundo maior exportador global dos cereal, atrás dos EUA. À Reuters, o diretor-geral da Anec disse que é normal o Brasil exportar menos milho no primeiro semestre, concentrando as exportações do produto na segunda parte do ano.
“Maio já tem embarque. Isso é normal. Soja agora, milho no segundo semestre… O ano passado foi fora da curva”, disse ele, referindo-se ao embarque recorde de milho em 2019.
Fonte: T&F Agroeconômica