O plantio da soja na região de Bagé, no Rio Grande do Sul, iniciou em um ritmo mais lento nas últimas semanas, mas os produtores estão otimistas com o progresso recente. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Guilherme Zorzi, em entrevista exclusiva à Safras News, antes da chuva desta última terça-feira (22), houve um período de oito dias de clima favorável, permitindo o avanço das atividades no campo.

“Na fronteira oeste, municípios como Manuel Viana e São Borja já começaram a plantar, com taxas de plantio variando entre 2% e 15%, indicando um estágio ainda inicial, mas dentro do esperado para a segunda quinzena de outubro”, explicou.

Segundo Zorzi, as condições são ideais, com a umidade do solo favorável para a germinação das sementes, e as temperaturas também estão adequadas. A área projetada inicialmente para a semeadura é de 1,121 milhão de hectares.

“O plantio segue dentro do cronograma ideal, sem atrasos significativos. A expectativa é de que, nos próximos dias, mais áreas sejam ocupadas à medida que as condições climáticas permitam”, afirmou.

Excesso de chuvas

A colheita do trigo na região foi interrompida pelas chuvas excessivas nas últimas semanas. De acordo com o engenheiro agrônomo, nos últimos 40 dias, o excesso de umidade durante a fase final de enchimento dos grãos e maturação afetou lavouras na Fronteira Oeste.

“Isso resultou em doenças nos grãos e perdas de qualidade, comprometendo o preço de venda e reduzindo a produtividade em comparação com as expectativas iniciais”, relatou.

Segundo Zorzi, as lavouras plantadas entre maio e junho já estão sendo colhidas, enquanto as áreas semeadas em julho ainda estão na fase de enchimento de grãos e devem ser colhidas no próximo mês. “Há, inclusive, a possibilidade de que algumas lavouras mais tardias cheguem à colheita apenas em dezembro”, concluiu.

Fonte: Ritiele Rodrigues/ Safras News



 

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Autor:Ritiele Rodrigues/Safras News

Site: Safras & Mercado

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