Apesar do alto reporte de chuvas em várias regiões de Mato Grosso, a semeadura ocorreu de forma acelerada na semana que passou, avançando 24,22 p.p. ante o levantamento divulgado pelo Imea na semana anterior.
Assim, a primeira quinzena de fevereiro fechou na média do estado 63,16% da área projetada já semeada no estado. Mesmo com o atraso em relação à safra passada de 11,04 p.p., o processo ganha ritmo e já se distancia quase 11,00 p.p. em relação à média dos últimos cinco anos.
Diante disso e sabendo que na média dos últimos cinco anos 88,21% das áreas já estavam semeadas em Mato Grosso até o fim da janela considerada “ideal” (final de fevereiro), espera-se que o produtor consiga semear a grande maioria das áreas dentro dessa janela, apesar da previsão de chuvas que se mantém presente em boa parte das regiões do estado até o fim do mês.
Confira os principais destaques do boletim:
• Com a pouca oferta e a demanda firme pelo cereal, o indicador Imea fechou a semana com aumento de 1,96%, ficando cotado a um preço médio de R$ 38,42/sc.
• O contrato de milho na B3 (mar/20) apresentou um acréscimo de 3,15%, e fechou a semana a R$ 50,32/sc, acompanhando o mercado do grão e o dólar.
• O preço Cepea-Campinas acompanhou o ritmo do dólar e fechou cotado a R$ 51,51/sc, uma alta de 2,23% ante a semana passada.
• O dólar corrente fechou a semana em alto patamar, cotado a R$ 4,33/US$, uma valorização de 1,41% após mais um desdobramento em relação ao coronavírus e aliado aos dados econômicos brasileiros.
Mais etanol:
Nos últimos cinco anos o crescimento de mais de 700% na produção de etanol a partir do milho chamou a atenção do mercado brasileiro. Esta porcentagem de aumento foi vista também nos EUA de 2000 a 2010, mas lá o milho é a principal matéria-prima na produção de etanol.
Já no Brasil, a produção a partir do cereal ainda é muito pequena quando comparada à de cana-de-açúcar. Porém, alguns fatores podem potencializar ainda mais a produção de etanol de milho por aqui, como: conjuntura atual de estabilidade na área plantada de cana-de-açúcar; preços atrativos do cereal ao produtor (o que leva o agricultor a aumentar a área) e custo de produção do etanol a partir do cereal mais competitivo em relação ao etanol de cana-de-açúcar (para indústrias “flex”. Fonte: Pecege, 2020).
Assim, caso os preços continuem favoráveis, há uma tendência de que Mato Grosso cresça ainda mais nesse mercado, devido ser o maior produtor nacional do grão e por ter áreas disponíveis para ampliação da produção.
Fonte: Imea