A Baldo S/A Comércio, Indústria e Exportação, com sede em Encantado, no Vale do Taquari, enfrentou dificuldades decorrentes da tragédia climática no Rio Grande do Sul. A empresa, que tem capacidade para esmagar 600 toneladas de soja por dia para a produção de farelo e óleo, acabou paralisando suas atividades durante 15 dias, entre abril e maio, por problemas de falta de matéria-prima para a indústria.
Em entrevista à Safras News, o responsável pelo Setor Comercial de Soja da Baldo, Valdir Pederiva, disse a empresa não chegou a sofrer alagamentos em suas instalações, mas foi afetada por problemas logísticos, uma vez que tanto a chegada de soja para a indústria quanto o envio de produtos aos clientes acabaram prejudicados, por conta de bloqueios nas rodovias.
Ele relata que houve problemas para recebimento de soja do Centro-Oeste, cujos fornecedores não estavam querendo fazer as entregas por conta dos problemas de acesso às rodovias.
Outras dificuldades indiretas para a Baldo levaram em conta as perdas na produção de soja, uma vez que 25% a 30% da oleaginosa plantada na região não pode ser colhida. Ele cita o exemplo de um fornecedor, que plantou 200 hectares de soja para serem entregues na empresa, que acabou não conseguindo colher nada. Valdir lembra que boa parte de plantio de soja na região acabou sendo protelado pelos produtores devido às chuvas de novembro, o que atrasou o ciclo de desenvolvimento das lavouras.
Valdir destaca que a Baldo retomou as atividades em sua indústria de soja no dia 14 de maio e opera praticante dentro da normalidade, embora relatando um encarecimento dos fretes para recebimento e envio de produtos, que estão sendo renegociados pela empresa junto às transportadoras.
Autor/Fonte: Arno Baasch / Safras News