De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, a massa de ar que avançou sobre o centro-sul do Brasil desde o último dia 9 e que ocasionou geadas em vários pontos tende a perder força. O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos comenta que houve registros de geadas no sábado (10), domingo (11) e também na terça-feira (13), mas não de forma ampla, embora atingindo vários pontos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

Santos ressalta que a geada pegou áreas de café, de cana e de hortaliças. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a geada atingiu lavouras de trigo, porém de forma muito pontual. Ele afirma que houve quebras nas lavouras dessas culturas, mas muito pequenas e insignificantes quando comparadas a produção nacional. “Agora, a grande questão é de como ficará o clima daqui para frente”, disse.

O agrometeorologista destaca que não haverá mais grandes registros de frio, uma vez que o clima nos próximos dias deverá registrar uma inversão térmica bastante acelerada. Haverá uma massa de ar quente avançando sobre o Brasil nos próximos dias, em áreas que receberam geadas, com as temperaturas máximas podendo superar facilmente os 30 graus a partir do próximo final de semana.

Conforme Santos, em locais onde as mínimas não passaram de 17 graus nos últimos dias, como no Paraná, São Paulo e Minas Gerais, agora as temperaturas agora ficarão superiores a 17 graus. “Teremos uma grande inversão térmica e a próxima semana voltará a ter aquele padrão de temperaturas altas em todo o Brasil. O tempo ficará aberto, com exceção apenas do Sul do Brasil que deve voltar a receber chuvas a partir do dia 19, com a previsão de passagem de uma nova frente fria. “Esse sistema deve avançar e levar precipitações a vários pontos, tanto do Rio Grande do Sul, quanto de Santa Catarina e do Paraná. Porém, no Sudeste, Centro-Oeste, Mapitoba e em todo o interior do Nordeste e na Região Norte o tempo deverá ficar seco na segunda quinzena de agosto”, sinaliza.

Também em setembro não há perspectiva de que possa chover bem sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba. “As chuvas continuarão bastante concentradas no Sul. Somente mais para o final do mês de setembro é que há uma possibilidade de retorno à chuva na região central do país, mas de forma irregular. A La Niña, mesmo não ganhando corpo ainda, irá atrasar a total regularização do regime de chuvas, que deverá ocorrer somente em meados de outubro”, detalha.

No que tange a novas ondas de frio, somente há uma expectativa de ocorrência na virada de agosto para setembro no Centro-Sul do Brasil.

Paraguai

De acordo com a meteorologista Ludmila Camparotto, a massa de ar polar que provocou a queda bastante acentuada das temperaturas em grande parte do Paraguai nos últimos dias começa a perder intensidade. Com isso, os próximos dias tendem a ser marcados por uma gradativa elevação das temperaturas.

Ludmila afirma que, nas próximas madrugadas, apesar das temperaturas ainda se manterem baixas sobre o Paraguai, a tendência é de que, ao longo dos próximos dias, gradativamente as temperaturas voltem a se elevar. “Não há mais expectativas de frio intenso e de geadas”, ressalta.

No próximo final de semana as temperaturas devem se elevar sobre o Paraguai. Para a próxima semana, as temperaturas máximas devem ficar acima dos 32 graus, principalmente na região do Chaco.

As chuvas devem retornar ao Paraguai na quarta-feira (21), com a entrada de uma nova frente fria. Elas devem começar pelo sul e avançar pelas demais regiões chegando até o norte do pais até o dia 24. Na região do Chaco também há chances de precipitações, embora de forma mais irregular.

Na retaguarda desse sistema haverá a entrada de uma massa de ar polar que provocará o declínio da temperatura, embora sem ocorrência de um frio tão intenso. Apenas na virada de agosto para setembro é que poderá haver alguns períodos de temperaturas um pouco mais baixas. “Por enquanto, a boa notícia é que não há expectativa de novas geadas e de frio intenso sobre o Paraguai novamente”, afirma.

Ao longo de setembro, a expectativa é que as chuvas aconteçam de forma mais regular sobre o Paraguai, intercaladas com períodos um pouco mais frios. Para o mês de outubro já se observa uma condição melhor de chuva. Para novembro e dezembro, Ludmila afirma que a expectativa é de chuvas mais espalhadas sobre o Paraguai, com volumes um pouco mais irregulares.

Autor/Fonte: Arno Baasch/ Safras News



 

FONTE

Autor:Arno Baasch/ Safras News

Site: Safras & Mercado

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