SUBPRODUTOS EM BAIXA

O preço do farelo de soja em MT apresentou queda de 7,95% na última semana em relação ao mesmo período do mês passado, e ficou cotado na média de R$ 2.301,00/t, devido à maior disponibilidade do produto no mercado interno. O óleo de soja exibiu desvalorização de 10,48% ante o mesmo período de mar/23, e fechou em R$ 4.599,22/t na média de MT, pautada pela oferta elevada e a baixa procura pelo subproduto. Além disso, outro fator de redução nos valores do farelo e o óleo foi o dólar, que caiu 4,53% em relação ao mesmo período analisado. Por fim, apesar da redução dos valores no mercado interno, os preços dos subprodutos na bolsa de Chicago têm apresentado acréscimo devido à menor oferta de farelo e óleo de soja da Argentina prevista para essa temporada, o que pode ser uma oportunidade para as exportações dos subprodutos mato-grossenses.

Confira os destaques do Boletim:

PARIDADE MAR/24: com o aumento na cotação da soja em Chicago, o preço paridade avançou 0,15% no comparativo semanal.

CEPEA EM QUEDA: o alto volume de soja disponível no Brasil pressionou os preços no mercado interno, refletindo no Cepea, que reduziu 2,56% na semana passada.

DÓLAR: diante dos cenários interno e externo, o dólar exibiu incremento de 0,63% ante a semana passada, finalizando com média semanal de R$ 5,02/US$.

Nos últimos quatro anos, o preço da soja disponível exibiu grande valorização no estado, mas esse cenário tem se invertido nos últimos meses

Na última quinta-feira (20/04) o preço da soja em MT chegou a R$ 119,45/sc, sendo 88,44% maior que o observado há quatro anos (comparado com 22/04/2019), devido à redução na oferta mundial da oleaginosa, o que elevou o patamar de preço. Por outro lado, foi observado na segunda quinzena de nov/22 a constante desvalorização nas cotações da oleaginosa, devido à estimativa de grande produção para a safra 22/23, ao prêmio portuário negativo, à queda no valor do produto em Chicago e à menor demanda neste período, principalmente por parte da China. Por fim, é importante destacar que a continuidade da pressão no preço da soja deve dificultar a conciliação do caixa da propriedade, principalmente para os produtores que não travaram a maior parte das despesas ou não negociaram nada da produção e, agora, se deparam com preços menos atrativos e custos elevados.

Fonte: Boletim semanal n° 746 – Soja – IMEA

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