O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e vice-presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, e diretores da entidade participaram do Workshop Técnico sobre o Uso, Regulamentação e Riscos do Dicamba, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para a entidade, há questões técnicas que ainda precisam ser sanadas e, por isso, defende que a discussão seja ampliada.
O produtor rural e diretor administrativo da Aprosoja, Lucas Costa Beber, relatou a percepção dos produtores rurais com relação ao herbicida, durante o Workshop. “Não somos contra novas tecnologias, mas é necessário que sejam feitas mais pesquisas para assegurar o uso desse produto. Outro grande problema é a associação de biotecnologias resistente a ervas e pragas em várias culturas, o que, a longo prazo, pode aumentar ainda mais os custos de produção, ocasionado resistência das pragas dificultando ainda mais o controle no longo prazo!”, disse.
Outra preocupação da entidade é que o debate tem sido acelerado, muito em função da liberação de uma nova biotecnologia para soja, milho e algodão. Essa nova geração de OGM é tolerante ao Dicamba e Glifosato. O presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, afirma que os produtores têm hoje um alto comprometimento com a sustentabilidade e essa responsabilidade os obriga a debater mais o assunto antes de apoiar a liberação do produto. Galvan assevera que o planejamento de lançamento da biotecnologia pela multinacional não deve pautar às discussões técnicas e por isso defende a ampliação do debate.
O consultor técnico da Aprosoja, Wanderlei Dias Guerra, lembra que nos Estados Unidos há milhares de processos tramitando contra a biotecnologia e que as questões técnicas que ensejaram lá esse alto volume de demandas judiciais devem ser melhor elucidadas para que no Brasil o lançamento da biotecnologia não traga os mesmos problemas.

Galvan reforça que a Aprosoja, bem como, seus associados são apoiadores de novas tecnologias que aumentem a eficiência no campo, observando sempre a mitigação de impactos ambientais e que seu posicionamento diante dessa questão não reflete uma restrição à aprovação de novas moléculas, mas tão somente um comportamento responsável diante de uma questão complexa.



Além da Aprosoja-MT e da Aprosoja Brasil, estiveram presentes também representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho) e da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Fonte: Ascom Aprosoja

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