Até agora nenhuma resistência múltipla foi observada nesta espécie na Argentina.

Em 2012, foi registrada o primeiro registro de um biótipo resistente de Eleusine indica (pé-de-galinha) ao glifosato na Argentina, coletados no centro de Cordoba e Tucuman, o qual foi, em seguida, expandido-se para uma área maior (Ver Figura 1). Em 2016, também em Tucumán, foi relatado um biótipo resistente aos graminicidas inibidores da ACCase: Haloxipop-r-methyl e Cletodim. Mas até agora nenhum biótipo havia sido relatado com  resistência múltipla.

Imagem 1: Abundância de lotes com Eleusina indica com tolerância ao glifosato.

Em Córdoba, o Eng. Agr. Fabio Carnaghi observou na safra atual, lotes que mostraram escapes de glifosato (o que vinha acontecendo há alguns anos) e também de Haloxifop-r-metil. Nestes lotes foram novamente aplicados Cletodim, conseguindo um bom controle. Enquanto isso, foram realizados experimentos, comprovando também o bom controle com o Cletodim e registrando novamente notou-se falhas com onde foi aplicado o Haloxifop-r-metil (Imagem 2).

Figura 2: Resposta do biotipo de Eleusine indica à herbicidas aplicados

Com isto, suspeita-se fortemente de uma resistência múltipla ao glifosato e aos graminicidas da FOP, por isso foi colocado o caso em alerta amarelo, até que o caso seja cientificamente confirmado. Amostras de sementes dessa população serão estudadas por Diego Ustarroz, especialista do INTA Manfredi, que foi um dos pesquisadores que notou o primeiro caso de resistência ao glifosato.



Os pesquisadores alertam que é importante alertar outros casos suspeitos para avaliar a situação e estar melhor preparado para a próxima safra, já que é uma espécie anual, e que encontra-se em fase final de ciclo, assim começando novamente na próxima primavera (Figura 3).

Imagem 3: Indivíduo Eleusine indica em perfilhamento

Globalmente, a Eleusine indica tem vários registros de resistência, a oito sítios de ação e resistências multipla a vários deles. Na américa há casos de resistência ao glifosato no Brasil e na Bolívia, aos graminicidas DIM e FOP nos dois países e ao glifosato e FOP no Brasil (Tabela 1).

Tabela 1: Estudos de situação da resistência a herbicidas em Eleusine indica.

Fonte: Aapresid

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