Por Cristian Russo, da Bolsa de Cereais de Rosário – Argentina.
— Alfredo, quais são as últimas novidades sobre as projeções?
—Digo-lhes que a atualização com os últimos dados da NOAA é otimista para a Argentina. A projeção do IRI (Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade) prevê uma “La Niña fraco e de curta duração”, conforme indicado pelos valores do índice NIÑO3.4. Como temos observado nos últimos meses, o fenômeno voltou a diminuir de intensidade. Há dois meses, o pico projetado de La Niña era de -1,5; hoje, menos de -1,1. Dados de outubro mostram que o desejo do setor se concretizou; O melhor cenário que poderíamos prever no início do ano estaria ocorrendo. A verdade é que tivemos muita sorte. Se você ler o que publicamos em abril, um La Niña rigorosa foi prevista com uma anomalia de pico que ultrapassou os -2°C nas projeções.
—Então, podemos falar de um fenômeno de curta duração?
—Hoje sim, já que no mês de março estaríamos quase na “neutralidade” , quando estávamos projetando até as análises passadas uma duração do fenômeno até para abril (com os dados de setembro).
(Deve-se notar que a previsão de probabilidade ENSO oficial do CPC é baseada nos resultados do modelo e no consenso dos analistas do CPC e do IRI.)
—Quais impactos esperar?
—Um La Niña fraco significa que os impactos habituais da falta de água durante o verão são menos prováveis de ocorrer. Mas também deve ser notado que a variabilidade dos indicadores previsíveis poderá ainda influenciar a confiança desta previsão. Resumindo, com os dados atuais, espera-se um La Niña fraca a partir de Novembro de 2024 (60% de probabilidade) e que persista até Março de 2025.
Confira a publicação original no site da Bolsa de Cereais de Rosário – Argentina.
Autor:Por Cristian Russo, da Bolsa de Cereais de Rosário - Argentina.