Sem novas mudanças de cenário para a soja na Argentina

As condições ambientais de dezembro foram extremas desafiadoras devido à falta de água e as temperatura muito elevadas; Janeiro de 2022 foi muito desigual nas chuvas. O impacto foi avassalador na mudança das condições da lavoura em Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos e no norte de Buenos Aires. Hoje essa faixa, com exceção de Buenos Aires, continua em uma situação muito delicada e condições de escassez de seca no solo.

A evolução da anomalia da reserva de água no solo para a Argentina mostra claramente a situação das últimas 4 semanas na Argentina:

35% da soja argentina está em condições razoáveis ou ruins 

Estima-se que 28% da soja esteja em condições razoáveis, ou seja 4,5 milhões de hectares Em más condições estima-se que estejam 1,1 milhões de hectares, 7% do total semeado. Além disso, por falta de água, 100.000 hectares não foram sequer plantados no norte da Argentina e no sul de Buenos Aires, reduzindo a área total com soja nesta estimativa de fevereiro para 16,11 milhões de hectares.

Tendo em vista que grande parte da soja de primeira, na região dos Pampas vive o período crítico nessas condições agroclimáticas, estima-se uma produtividade nacional de 44 sc/ha e uma produção de 40,5 Mt, ou seja 10% menos do que o ciclo 2021/22.

Desta forma confirma-se o horizonte de produção projetado em janeiro de 40 Mt.

Sem alterações, produção de milho segue estimada em 48 milhões de toneladas

O trabalho de colheita do milho precoce tem avançado devido aos problemas que o estresse termo-hídrico tem causado na resistência das plantas. A colheita é muito incipiente, mas os primeiros valores coletados giram em torno de 80 a 120 sc. Esses não são bons sinais para os números do milho, mas é preciso esperar a colheita começar a ganhar força para avaliar os resultados.

Também os números de produtividade das semeaduras tardias ainda estão em suspense aguardando novas chuvas. O milho tardio começa a passar por fases críticas.

Por enquanto, os números do milho do mês passado permanecem inalterados, mantendo a estimativa de produção para a safra 2021/22 de milho de 48 milhões de toneladas, 8 milhões de toneladas menos que as previstas em dezembro de 2021. A produtividade média nacional continua estimada em 142 sc/ha (vs. 164 sacos no ano passado). O valor de 48 Mt leva em conta um total de 7,96 M hectares plantados (600.000 hectares a mais que o ciclo anterior) e 1,23 M hectares que não podem ser colhidos para grãos comerciais.



Fonte: Bolsa de Comércio de Rosário

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