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Argentina: Para a safra 2023/24, previsão de aumento na área de soja e área cultivada com milho permanecerá a mesma

Após 9 safras com um aumento na área de milho, a projeção da safra 2023/23 mostra um revés, a soja volta a subir e aponta para 17 M ha.

A área de soja passou de 20,25 M ha em 2014/15 para 15,97 M ha na último safra. A oleaginosa vem perdendo 21% da área plantada nos últimos 10 anos. Isso se deve ao não surgimento de novas tecnologias genéticas e o aumento de casos de plantas daninhas resistêntes.

São razões contundentes que aparecem ano após ano nas pesquisas realizadas. Por isso, a cada ano se nota a mudança na matriz produtiva nacional, em que se planta menos soja e mais milho. A soja é a cultura que se utiliza em última instância quando, por razões maiores, não é possível semear tanto milho como se gostaria. É o que está acontecendo pouco mais de um mês após o início do plantio do milho. Some-se a isso o fato de que, devido à forte seca do ano passado, há um grande número de hectares que não puderam ser plantados no ano passado e estão disponíveis novamente . A falta de recursos financeiros após a seca histórica acaba contribuindo para a tomada de decisão dos produtores em semear soja.

Portanto, a área de soja para o ciclo 2023/24 deverá voltar a crescer, após 9 temporadas de queda ininterrupta. A primeira estimativa nacional em termos de intenção de plantio da oleaginosa indica 17 M ha . O aumento seria de um milhão de hectares, 6,2% a mais que em 2022/23 . Em um cenário climático normal, a Argentina poderia produzir aproximadamente 48 Mt de soja , ante a estimativa de 20 Mt do ciclo anterior.

Milho 2023/24 , área cultivada ficaria igual a da última safra

A projeção é de 8,5 M ha . Existem fatores positivos e negativos. Entre os que contribuem para a sustentação do milho está o clima: a presença de um El Niño moderado , após 3 ciclos marcados por La Niña, alimenta a esperança de ter um cenário de alta produção.

Outra coisa que se soma ao milho é a queda no plantio de trigo, principalmente na região oeste dos Pampas. O produtor decidiu não sair das rotações traçadas e, a princípio, onde não podia semear trigo quer fazer milho.

O que joga contra o milho são os altos custos de produção. A incerteza e o aumento de custos , principalmente em fertilizantes, em uma cultura em que os rendimentos são diretamente proporcionais às doses aplicada, é uma limitação significativa para o crescimento da área de milho.

Com 8,5 M ha de intenção de plantio para o ciclo 2023/24, a produção de milho pode ser projetada em 56 Mt , contrastando com a produção afetada pela estiagem da última campanha, de 34 Mt. Este cálculo contempla um cenário normal e leva em consideração que 7 M ha serão cultivados para grãos.

Fonte: Adaptado de Bolsa de comércio de Rosário.



Equipe Mais Soja
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