Por: Lalo Malinarich*
O 12º Levantamento da Safra de Grãos da Conab, recém divulgado, que marca o encerramento da colheita, apontou que a produção de grãos no Brasil na safra 2022/23 está estimada em 322,8 milhões de toneladas, acréscimo de 50,1 milhões de toneladas quando comparada com o ciclo 2021/22. Com uma safra tão robusta, a atenção se volta agora para a estocagem desses grãos. Segundo a própria Conab, a capacidade estática de armazenagem no Brasil em 2023 está em 190,9 milhões de toneladas, ou seja, essa conta não vai fechar.
O produtor precisa pensar no armazenamento da safra que vai colher antes do pré-plantio. Em Mato Grosso, por exemplo, vimos nos últimos meses montanhas de milho estocadas a céu aberto, no chão, por falta de um local adequado. Isso não pode se repetir todos os anos, não podemos nos acostumar com estas cenas ou tampouco pode ser considerado normal. Para o ano que vem, o mercado fala em crescimento de 5% da produção para o agro brasileiro e, para isso se concretizar, não precisa de nenhuma mágica tendo em vista os avanços as últimas safras. Portanto, já é hora de pensar na safra 2024/25, e planejar onde e como vai se armazenar a produção que ainda nem foi plantada.
Sabemos que é alto o custo para montar uma estrutura de silo metálica convencional. Um investimento que demora anos para se pagar e muitas vezes o produtor não está preparado para despender esse capital. Além disso, é fundamental pensar em qual o tamanho que essa estrutura precisa ter. Será para atender uma super safra ou uma safra média? Qual o volume? Por isso, o agricultor precisa avaliar esse investimento que não é baixo e pode não resolver o problema a curto prazo.
Hoje, analisando fazendas que são eficientes, entendemos que essa logística de armazenamento pode e deve ser bem planejada e otimizada, ou seja, o agricultor pode ter uma estrutura funcional sem a necessidade de altos investimentos. Isso na prática funciona da seguinte forma: a fazenda produtora de grãos para ser rentável precisa ter uma estrutura básica, que é composta por: uma boa moega, um silo pulmão para receber os grãos que vem direto do campo, um secador, e um silo para colocar o grão beneficiado.
Após esse processo, a produção pode ser colocada em uma estrutura móvel, como os silos-bolsa, ampliando a capacidade de armazenagem. A alternativa que pode atuar em paralelo ao silo estático tem entre os benefícios o menor custo de instalação e manutenção, maior flexibilidade em capacidade e localização e melhor conservação da qualidade dos produtos armazenados. É adequado para armazenar diversos produtos agrícolas, como grãos (milho, soja, trigo), forragens (capim, feno) e silagem.
O silo-bolsa barateia o investimento e é ótima solução, pois os grãos podem ficar estocados por até um ano que o custo será igual e a qualidade também. Desta forma, o agricultor pode planejar a venda e esperar até o melhor momento do mercado para fazer a comercialização, atingindo maiores rentabilidades.
*Engenheiro Agrônomo e Head de Mercado Silo Bolsa Silox do Grupo Nortène
Fonte: Assessoria de Imprensa Nortène