A colheita continuou em ritmo menos intenso ao longo do período, sendo interrompida pelas chuvas em diversos momentos. No entanto, quando as chuvas cessavam, e o sol retornava, a operação era retomada imediatamente.
Apesar da umidade dos grãos estar elevada, mas ainda dentro da faixa tolerável, os rizicultores continuaram com a operação em razão das previsões de chuvas volumosas para os próximos períodos.
O preço vem apresentando elevação desde a segunda quinzena de abril, mesmo sendo momento de plena safra. A área cultivada no Estado está estimada em 900.203 hectares, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). A produtividade está estimada em 8.325 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita está progredindo lentamente em função das chuvas frequentes, atingindo 83% em média entre as regiões Fronteira Oeste e Campanha.
As lavouras remanescentes estão maduras. Porém, os rizicultores estão apreensivos em razão da dificuldade de retirar os grãos do campo, já que há riscos de perdas de qualidade ou danos por fenômenos climáticos, como granizo, vendavais e inundações em áreas próximas de cursos d’água. Em Uruguaiana e Barra do Quaraí, aproximadamente 90% da área foi colhida, mas as cargas depositadas nos engenhos apresentam elevado percentual de impurezas.
Em São Gabriel, há infestação significativa de plantas daninhas em algumas lavouras, a qual, somada à alta umidade do solo causada pelo clima chuvoso, está limitando o desempenho adequado das colhedoras. Em Alegrete, 82% da área cultivada foi colhida, e reportam-se produtividades menores, mas em linha com as expectativas iniciais, apesar do atraso no plantio de grandes áreas.
Em Quaraí, 85% da área foi colhida, mas os produtores enfrentam dificuldades de avançar e relatam paralisações em decorrência do atolamento das máquinas, causado pelas fortes chuvas, em 27/04, atingindo pelo menos 25 hectares de lavouras.
Na de Pelotas, as atividades de colheita foram interrompidas devido às chuvas nos dias 26 e 27/04. Contudo, assim que as condições ideais de umidade dos grãos de arroz forem restabelecidas, a operação deve ser reiniciada imediatamente e de forma intensa, inclusive em períodos noturnos. Até 25/04, a colheita avançou significativamente, chegando a 72%, e 28% das lavouras encontram-se maduras. A produtividade de referência da região está em 9.858 kg/ha.
Em Rio Grande, as produtividades alcançaram 10.079 kg/ha e, em Santa Vitória do Palmar, de 10.860 kg/ha. As chuvas volumosas repuseram os volumes dos reservatórios. A Barragem do Chasqueiro, que apresenta área alagada de 1.650 hectares destinada à irrigação, está com o nível de água na cota de 42,38 metros, o que representa 105,7% da capacidade de armazenamento.
Na de Santa Maria, a colheita evoluiu pouco e alcançou 78%. Nas lavouras colhidas, registra-se produtividade média de 8.018 kg/ha, porém essa situação pode ser impactada pelas fortes e frequentes chuvas. Em Cacequi e em outros municípios da região, houve inundação de áreas de cultivo de arroz situadas nas margens de rios ou córregos, resultando no acamamento das plantas.
Na de Soledade, os níveis de produtividade das lavouras estão de acordo com as projeções, embora a semeadura não tenha ocorrido dentro do período ideal na maioria das áreas. Apesar do excesso de chuvas durante a colheita, o rendimento geral dos grãos no engenho é satisfatório. Há apenas casos isolados de lavouras derrubadas pelo vento, em 21/04, ou danificadas por granizo, provocando diminuição significativa do rendimento e da qualidade dos grãos. Quanto às fases da cultura, 13% estão em enchimento de grãos, 30% em maturação, e 57% foram colhidos.
Comercialização (saca de 50 quilos)
Conforme o levantamento semanal de preços realizados pela Emater/RS-Ascar, no Estado, a saca de arroz apresentou elevação de 1,88%, passando de R$ 101,98 para R$ 103,90.
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Fonte: Emater/RS
