Predomina a fase predominante de colheita, a qual progrediu no início do período. A operação foi interrompida em praticamente todo o Estado, no dia 11/04, devido à ocorrência de chuvas.
A sequência de dias chuvosos também prejudicou significativamente a logística da operação, especialmente por deixar alguns trechos das estradas vicinais impróprias para circulação, dificultando o transporte dos grãos para os produtores que não possuem estrutura própria de secagem e armazenamento. Além disso, houve certo atraso na colheita em razão do plantio mais tardio, impactando negativamente o progresso da operação, à espera do encerramento do ciclo do cereal.
A área cultivada no Estado está estimada em 900.203 hectares, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). A produtividade está estimada em 8.325 kg/ha, segundo a Emater/RS-Ascar.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Uruguaiana e Barra do Quaraí, apenas 60% da área foi colhida. Nesse mesmo período de 2023, esse índice representava 95%.
Em São Borja, a colheita, também estimada em 60%, praticamente estagnou em função das condições climáticas desfavoráveis. As produtividades têm variado entre 9.000 e 10.000 kg/ha, consideradas satisfatórias, dado o atraso no plantio e os impactos esperados como consequência da menor disponibilidade de radiação solar durante as fases vegetativa e reprodutiva. De maneira geral, os grãos colhidos apresentam boa qualidade.
Na Campanha, em Caçapava do Sul, onde 70% das lavouras foram colhidas, a produtividade média relatada é de 7.500 kg/ha. Em Dom Pedrito, os produtores aproveitaram três dias de clima seco para avançar na colheita, atingindo 72% da área cultivada. As produtividades ficaram ligeiramente abaixo das expectativas iniciais.
Na de Pelotas, as atividades de colheita foram interrompidas e devem ser retomadas imediatamente após a redução da umidade. A operação está ocorrendo em um ritmo bastante lento de modo geral, e há relatos de perdas causadas pela debulha. Na maioria das lavouras, predomina o estágio de maturação (49%). Até o momento, 51% das lavouras foram colhidas. As expectativas são de produtividades dentro da normalidade.
Na de Santa Maria, a colheita alcançou 60% da área total, e mais de 35% encontra-se em estágio de maturação. As lavouras colhidas apresentam produtividade média de 8.018 kg/ha, o que tem atendido às expectativas dos rizicultores.
Na de Santa Rosa, houve o reinício da colheita, principalmente nas lavouras com semeaduras mais tardias. Devido à época de semeadura e às dificuldades de implantação, foi observada uma redução na produtividade. Contudo, os produtores estão satisfeitos com a cultura, pois o preço de comercialização permanece elevado, e os custos de fertilizantes para a safra não foram muito impactantes.
Na de Soledade, a colheita continuou de forma intensiva na primeira metade do período. Entretanto, na segunda metade, em função do retorno de chuvas leves (em 11 e 12/04), a umidade relativa do ar aumentou, desacelerando a colheita até a sua interrupção, em 13/04, por causa de maiores acumulados de chuva. Estima-se que cerca de 40% da área tenha sido colhida. Os grãos apresentam ótima qualidade, e as lavouras mantêm bom padrão produtivo.
Comercialização (saca de 50 quilos)
Conforme o levantamento semanal de preços realizados pela Emater/RS-Ascar, no Estado, a saca de arroz apresentou elevação de 0,32%, passando de R$ 99,39 para R$ 99,71.
Fonte: Emater RS