A ocorrência de chuvas melhorou as condições de manejo da irrigação. Apesar de moderada, houve reposição de água nas barragens e cursos d’água, reduzindo a necessidade de bombeamento para abastecer os depósitos a montante das lavouras.

No entanto, as temperaturas permaneceram elevadas, semelhantes ao período anterior, com máximas superiores a 40°C na Fronteira Oeste, mantendo o risco de impacto para a cultura. No Estado, aproximadamente 30% das lavouras estão em floração, e cerca de 50% das áreas em fase vegetativa, na qual boa parte já atinge a pré-floração, fases igualmente sensíveis ao estresse térmico.

O longo período sem chuvas e a elevada evapotranspiração reduziram rapidamente os níveis dos reservatórios, o que levou alguns produtores a paralisar a irrigação ou a realizá-la em forma “de banho” nas lavouras semeadas tardiamente. O sistema por inundação foi priorizado nas áreas estabelecidas entre outubro e novembro, que apresentam maior potencial produtivo e ainda necessitam de irrigação por mais algumas semanas.

A colheita prosseguiu, mas em área limitada, restrita ao Extremo Oeste do Estado, e a produtividade obtida é considerada satisfatória.

 Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), a área implantada é de 927.885 hectares de arroz irrigado. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Itaqui, 8% dos 67 mil hectares cultivados foram colhidos. As lavouras remanescentes apresentam bom potencial e, apenas nas áreas semeadas em dezembro, poderá haver redução na produtividade pela limitação hídrica. Em Maçambará, 2% dos 20 mil hectares foram colhidos, e as produtividades estão dentro das expectativas iniciais. Em Uruguaiana, as chuvas recentes trouxeram alívio aos produtores, pois, apesar de haver água nos reservatórios, estes não recebiam reposição há quase 40 dias. O potencial produtivo das lavouras segue elevado. Em São Borja, 20% da área cultivada, correspondente a 33.965 hectares, está em fase de maturação, e a previsão de início da colheita é no final de janeiro. As expectativas para essas lavouras são excelentes, considerando a ótima disponibilidade de radiação solar desde novembro até o final do ciclo, além da ausência de problemas no manejo da água.

Na de Pelotas, estão 86% das lavouras em desenvolvimento vegetativo e 14% em florescimento. Os tratos culturais, como irrigação e adubação com ureia, estão sendo realizados. O clima favorável gera otimismo quanto à produtividade. O estado fitossanitário está adequado.

Na de Santa Maria, prossegue a dificuldade no manejo da irrigação por inundação em decorrência do baixo nível dos açudes e estruturas de armazenamento de água. Em Cachoeira do Sul, Restinga Sêca, Cerro Branco, Formigueiro, São Sepé, os produtores enfrentam escassez de água para irrigação, especialmente em lavouras que dependem da captação de sangas e rios. Em São Vicente do Sul, observa-se uma incidência significativa de arroz vermelho e de ciperáceas como consequência da eficácia abaixo do esperado dos herbicidas pré-emergentes.

Na de Santa Rosa, houve melhora na irrigação após o longo período seco. Embora as lavouras ainda se encontrem no estágio vegetativo, espera-se que ocorra a evolução para a formação das primeiras panículas ainda no mês de janeiro.

Na de Soledade, o aspecto geral da cultura é de normalidade. Porém, ocorreram picos de temperatura, próximos a 35 °C, o que pode impactar negativamente o florescimento. Os produtores que dispõem de pequenos reservatórios estão racionando a água e aqueles que dependem de cursos hídricos enfrentam níveis em declínio. A irregularidade das chuvas foi observada a partir da segunda quinzena de dezembro, na região produtora de arroz. Em áreas com plantios tardios (últimos períodos do zoneamento agrícola), os rizicultores estão finalizando o controle de plantas invasoras em pós-emergência e a adubação nitrogenada em cobertura. No que diz respeito a pragas, há relatos de incidência de percevejos, sendo monitorados e controlados, conforme necessário. As doenças, como brusone, também estão sendo monitoradas, com aplicações fúngicas realizadas à noite e nas manhãs devido ao calor.

Comercialização (saca de 50 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,06%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 97,98 para R$ 98,04.

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Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1852

Site: EMATER/RS

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