A semeadura do arroz está em fase final no Estado. Restam por semear menos de 5% da área projetada. O retorno das chuvas na primeira quinzena de dezembro foi fundamental para a regularização da germinação em áreas recentemente semeadas, reduzindo a necessidade de banhos iniciais e favorecendo o início e a consolidação da irrigação contínua.
Apesar de desuniformes, as precipitações também promoveram a recomposição dos mananciais, dos reservatórios e de cursos hídricos, aumentando a disponibilidade hídrica adequada para a condução da safra.
De modo geral, o estabelecimento das lavouras é considerado satisfatório, com bom estande e crescimento inicial uniforme. Em áreas com excesso de precipitação, ocorreram alagamentos pontuais e danos em taipas, exigindo reparos para a manutenção da lâmina de água.
Observa-se, em parte das regiões, ajuste na área efetivamente implantada, associado a restrições financeiras e ao cenário adverso da cadeia orizícola, sem comprometimento do desenvolvimento das lavouras já estabelecidas.
Prosseguem os tratos culturais, especialmente o controle de plantas invasoras e a adubação nitrogenada em cobertura, conforme o escalonamento da semeadura dentro do ZARC.
A área a ser cultivada está estimada em 920.081 hectares (IRGA). A produtividade, em 8.752 kg/ha, segundo a Emater/RS-Ascar.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a ocorrência de chuvas beneficiou principalmente as lavouras recentemente semeadas, que apresentavam dificuldades de germinação por déficit hídrico, o que reduziu a necessidade de banhos iniciais e favoreceu o início da irrigação. Em Aceguá, foram registradas inundações pontuais e danos em taipas, demandando intervenções para recomposição das estruturas. Na Fronteira Oeste, em São Gabriel, os produtores concluíram o plantio após atraso significativo. Em São Borja, parte reduzida da área foi implantada dentro da janela preferencial, e a recuperação do atraso da semeadura foi condicionada à diminuição das chuvas nas quatro últimas semanas. Em Itaqui, consolida-se a maior redução de área da região, de 56.110 hectares ante a estimativa inicial de 64.125 hectares, o que representa queda de 12,5%. Há baixo potencial de expansão adicional nos próximos dias.
Na de Pelotas, a semeadura foi finalizada. As lavouras estão integralmente em fase de desenvolvimento vegetativo, com evolução considerada normal para o período. Os produtores realizam manejo da irrigação, adubação e controle de plantas daninhas, além do monitoramento fitossanitário. As chuvas entre 07 e 13/12, em elevado volume, promoveram plena recuperação dos mananciais, assegurando condições hídricas adequadas para a demanda durante o ciclo.
Na de Santa Maria, o plantio ultrapassa 90% da área prevista, embora haja indicativos de redução da área inicialmente projetada, em função de limitações de financiamento. Em Cachoeira do Sul, 98% dos 26.330 hectares estimados já foram implantados. As lavouras estão em estádio inicial, e iniciam as aplicações de herbicidas, de ureia em cobertura, além do fechamento das áreas para irrigação.
Na de Soledade, a semeadura está finalizada. As lavouras estão em fase vegetativa e apresentam excelente crescimento. O manejo da água nos quadros avançou gradualmente. Prosseguiram os tratos culturais, tais como controle de plantas invasoras e adubação nitrogenada em cobertura, especialmente em áreas semeadas no período intermediário do ZARC.
Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,21%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 53,31 para R$ 53,42.
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Fonte: Emater RS




