De acordo com os dados do Imea, a colheita de milho 2ª safra no estado avançou 6,88 p.p. na última semana, alcançando 14,08% da área projetada para a temporada 24/25 até o dia 20/06. Apesar do avanço, o ritmo segue atrasado em comparação ao mesmo período da safra 23/24 e à média dos últimos cinco anos em 23,49 p.p. e 12,68 p.p., respectivamente.
Esse atraso é, em grande parte, consequência do início tardio da semeadura da soja, que acabou postergando a janela ideal para o cultivo do milho segunda safra. No que se refere às regiões, a Médio-Norte é a que apresenta o maior avanço, com 18,40% da área projetada.
Por outro lado, a Sudeste continua sendo a mais atrasada, com 5,54% da área estimada, comum nessa região, já que apresenta lavouras mais tardias. Por fim, com a intensificação na colheita, os olhares estão voltados para os rendimentos das áreas colhidas, e, principalmente, para a média final da temporada 24/25.
DIMINUIÇÃO: a cotação do milho em Chicago recuou 1,44% na última semana, influenciada por expectativas mais favoráveis para o clima nos EUA.
QUEDA: a paridade de exportação para jul/25 retraiu 3,59% no comparativo semanal, reflexo da baixa na CME-Group e do dólar futuro.
DESVALORIZAÇÃO: o dólar compra Ptax encerrou a semana com queda de 1,11%, sendo cotado na média de R$ 5,49/US$.
Avanço da colheita acende alerta para armazenagem em Mato Grosso
De acordo com a Conab, a capacidade estática para a safra 24/25 está em 52,32 mi de t, aumento de 0,96% ante a safra 23/24. Em contrapartida, a produção de grãos no estado (soja e milho) deve alcançar 101,27 mi de t, incremento de 17,93% em comparação com a produção do ciclo 23/24.
Esse descompasso entre produção e infraestrutura resulta em um déficit projetado de 48,95 mi de t, aumento de 43,74% em comparação ao déficit registrado na safra passada. O cenário torna-se ainda mais desafiador diante do atraso nas vendas da soja 24/25, o que intensifica a disputa por espaço nos armazéns e gera gargalos no escoamento.
Por fim, mesmo com o investimento em “silos bags” nos últimos anos, a evolução estrutural do estado ainda não acompanha o ritmo de crescimento da produção, o que gera desafios logísticos e atenção redobrada para a mitigação de perdas no período pós-colheita.
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Fonte: Imea
