AS CAUSAS DA ALTA DE HOJE: Os preços voltaram a recuar nesta segunda-feira, mas os valores destas quedas são cada dia menores. A maioria dos compradores do físico estão abastecidos e esperando apenas a colheita da Safrinha, que parece promissora até o momento.
Além disso, nova queda do dólar (-1,27%) e a falta de demanda de exportação, com as Tradings totalmente ausentes do mercado spot e só olhando Safrinha, além da maior disponibilidade da colheita da safra de verão, que teve quebras fortes no Sul, mas foram abundantes no Centro-Oeste provocou novas quedas da cotação do milho no mercado futuro de São Paulo.
OS FECHAMENTOS DO DIA: Com isto, todas as cotações do dia fecharam em queda, pelo segundo dia consecutivo, nesta segunda-feira: o vencimento maio/22 foi cotado à R$ 87,35, queda de R$ 1,82/saca no dia e de R$ 2,54 na semana; julho/22 fechou a R$ 87,39, queda de R$ 1,24 no dia, mas queda de R$ 1,49 na semana; setembro/22 fechou a R$ 87,02, com queda de R$ 0,74 no dia e de R$ 0,37 na semana e o novembro/22 fechou a R$ 89,36 com queda de R$ 0,67 no dia e de R$ 0,34 na semana.
CHICAGO: Milho abriu a semana em alta de 1,94% por mais vendas para a China e receio por Ucrânia
FECHAMENTOS: A cotação do milho para maio22 fechou em alta de 1,94% ou 14,25 cents/bushel a $ 749,25. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou em alta de 2,29% ou $ 16,50 cents/bushel a $ 738,25.
AS CAUSAS DA ALTA DE HOJE: O USDA registrou negócios significativos de exportação para a China, sustentando fortemente os preços. Entre a campanha atual e a nova, vendas de 1,4 milhão de toneladas. A preocupação com a oferta disponível permanece, dados os dados oficiais de menores exportações da Ucrânia. As expectativas de uma área menor a ser plantada nos EUA fornecem suporte adicional.
RELAÇÃO SOJA/MILHO: No ano o milho dezembro 2022 acumula alta de mais de 25% e a soja novembro 2022 acumula alta de menos de 10%. A relação desde início de março caiu de 2,45 para 2,05 – hoje um bushel de soja compra somente 2,05 bushels de milho. Será que esse ratio virá abaixo de 2,0? O que acontecerá se o bushel do milho dezembro chegar a $8,00 precificando a redução da área americana e a abrupta redução do saldo exportável na Ucrânia? Será que a soja novembro poderia vir a $16,00 o bushel ou perto disso, mantendo assim a relação acima de 2,0?
EXPORTAÇÕES EUA: O USDA anunciou nesta manhã uma grande venda de exportação de milho para a China. Exportadores privados venderam 676 mil toneladas para entrega em 21/22 e outras 408 mil toneladas para entrega de novas safras. Dados de Inspeções Semanais de Exportação mostraram que 1.528 MT de milho foram embarcados durante a semana que terminou em 31/03, queda de 1.614 MT na semana anterior e foi 632k T abaixo da mesma semana do ano passado.
A China foi o principal destino da semana, com grandes remessas para o México, Japão e Coreia do Sul também. Para a temporada até 31/03, os dados semanais da FAS mostram que 30,567 MT de milho foram embarcados. Isso fica atrás do ritmo de 36,17 MT do ano passado.
O relatório semanal também mostrou que 283.656 MT de milo foram exportados, elevando o total MYTD para 4.451 MMT até 31/03.
BRASIL: Uma consultoria internacional elevou a produção brasileira de milho em 2,5 MT para 118 MT para 2022, citando uma segunda safra recorde de 92 MT. As exportações do Brasil seriam de 40 MT, em comparação com a previsão de março do USDA de 114 e 43 MT, respectivamente. O WASDE de abril do USDA está programado para sexta-feira.
ETANOL EUA: O uso oficial de milho para etanol em fevereiro foi relatado como 405,169 mbu (10,29 MT), queda 12,2% em relação a janeiro (também revisado para baixo), mas ainda 22% acima de 21 de fevereiro. Até a primeira metade da temporada, 2,686 bilhões de bushels (68,22 MT) de milho foram usados para etanol. Isso é 50,2% da projeção atual do USDA com 50% do ano passado. O relatório WASDE de abril está agendado para a próxima semana.
Fonte: T&F Agroeconômica
