Por Fellipe Parreira – Comercial Norte VIVAbio

A agricultura brasileira vive uma transformação silenciosa, porém significativa, com a crescente adoção dos bioinsumos. Esses produtos de origem biológica vêm se consolidando como alternativas sustentáveis aos insumos químicos tradicionais, oferecendo soluções para o controle de pragas, doenças, promoção do crescimento vegetal, recuperação de solos e aumento da eficiência no uso de nutrientes. Derivados de microrganismos, extratos vegetais ou substâncias naturais, os bioinsumos têm se mostrado aliados estratégicos na construção de uma agricultura mais equilibrada e menos dependente de produtos sintéticos.

Nos últimos anos, o uso desses insumos naturais registrou forte expansão no Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, o mercado nacional de bioinsumos cresce, em média, 30% ao ano. Estima-se que quase metade dos produtores rurais brasileiros já utilizam algum tipo de insumo biológico, abrangendo mais de 50 milhões de hectares cultivados. Essa rápida expansão reflete a busca do setor agropecuário por soluções que unam produtividade, sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Ao mesmo tempo, o avanço científico e tecnológico tem contribuído para o desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes e adaptados às diferentes realidades do campo brasileiro.

Em 2020, com o objetivo de incentivar ainda mais essa transição, o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Bioinsumos. A iniciativa visa estimular a pesquisa, fortalecer a produção nacional e ampliar o acesso a esses produtos por agricultores de todos os portes. O programa também busca valorizar a biodiversidade brasileira e reduzir a dependência de insumos importados, promovendo uma cadeia produtiva mais autônoma e inovadora. Desde então, políticas públicas vêm sendo estruturadas para impulsionar o setor, como linhas de crédito específicas, editais de fomento à pesquisa e regulamentações que facilitem o registro e comercialização de bioinsumos no país.

Outro fator que impulsiona o uso de bioinsumos no Brasil é a crescente exigência dos consumidores por alimentos mais saudáveis e livres de resíduos químicos. O mercado internacional, sobretudo da Europa, também impõe barreiras técnicas e certificações ambientais que favorecem o uso de práticas agrícolas sustentáveis. Nesse contexto, os bioinsumos se tornam não apenas uma alternativa agronômica, mas uma vantagem competitiva para o agronegócio nacional.

O futuro dos bioinsumos no Brasil é promissor. Com uma das maiores biodiversidades do planeta e um setor agropecuário de escala global, o país possui as condições ideais para liderar essa nova fase da agricultura mundial. As tendências indicam uma ampliação da adoção em diversas culturas, incluindo soja, milho, café, hortaliças e frutíferas, além de maior integração com tecnologias digitais e sistemas de produção agroecológicos. A perspectiva é que a agricultura brasileira avance cada vez mais em direção a modelos produtivos sustentáveis, com os bioinsumos ocupando um papel central nessa jornada.

Essa revolução verde que se desenha no campo é impulsionada não apenas por inovação, mas por uma consciência crescente sobre o papel estratégico do Brasil na segurança alimentar global e na preservação ambiental. Ao investir em bioinsumos, o país fortalece sua vocação agroambiental e reafirma seu compromisso com um futuro mais saudável, produtivo e equilibrado para todos.

Fonte: Assessoria de Imprensa VIVAbio



 

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