O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de pressão nas cotações. Segundo a Safras Consultoria, os consumidores atuaram de com pouca força nas negociações, adquirindo lotes pontuais, aguardando pela continuidade no movimento de queda nos preços por conta da safrinha cheia à frente. Eles também sinalizaram um bom posicionamento em estoques.
Os produtores, por outro lado, avançaram na fixação de oferta de milho para venda, de olho em fatores como a boa evolução do clima e das lavouras, a movimentação dos preços futuros do milho. De acordo com a Safras Consultoria, fatores como o câmbio e a paridade de exportação são pontos a serem observados neste momento.
No cenário internacional, a Bolsa de Chicago teve uma semana de recuperação nos preços, em meio aos sinais de demanda aquecida para o cereal norte-americano e de andamento mais lento que o previsto pelo mercado no plantio da safra 2025/26 no país.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 68,22 no dia 22 de maio, baixa de 3,71% frente aos R$ 70,85 registrados no fechamento da semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 66,00, queda de 4,35% frente aos R$ 69,00 da última semana.
Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 75,00, recuo de 2,6% frente aos R$ 77,00 praticados na semana passada. Na região da Mogiana paulista, o cereal diminuiu 4,11%, de R$ 73,00 para R$ 70,00 por saca.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca foi cotada a R$ 58,00 por saca, queda de 6,45% frente à semana passada, de R$ 62,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 69,00, retração de 1,43% frente aos R$ 70,00 registrados na semana anterior.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca caiu 2,78%, de R$ 72,00 para R$ 70,00. Já em Rio Verde, Goiás, a saca permaneceu em R$ 72,00.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 10,247 milhões em maio (11 dias úteis), com média diária de US$ 931,6 mil. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 32,989 mil toneladas, com média de 2,999 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 310,60.
Em relação a maio de 2024, houve baixa de 77,1% no valor médio diário da exportação, perda de 84,8% na quantidade média diária exportada e valorização de 50,3% no preço médio.
Fonte: Arno Baasch / Safras News