Destaque da Semana – Divulgado na última sexta (12), o relatório mensal de oferta e demanda do USDA trouxe estoques mais apertados e impulsionou as cotações de algodão esta semana.
Algodão em NY 1 – O contrato Jul/23 fechou ontem a 86,66 U$c/lp (+8,8%).
Algodão em NY 2 – Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 83,72 U$c/lp (+5,2%) e o Dez/24 a 78,03 (+1,4%) para a safra 2023/24.
Basis Ásia (18/05), o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 931 pts para embarque próximo (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook)
Altistas 1 – O relatório do USDA foi altista tanto em relação aos EUA quanto mundo. Para a safra 2022/23 dos EUA, o órgão reduziu a safra em 46 mil tons (3,15 milhões de tons) e aumentou as exportações em 87 mil tons (2,74 milhões de tons).
Altistas 2 – Apesar de ter previsto uma safra maior no país norte americano para 23/24 (3,375 milhões de toneladas), os estoques finais diminuem com a relação estoque/uso caindo de 23,8% para 21,0%, se der tudo certo com a safra por lá.
Altistas 3 – O USDA previu que a safra mundial 23/24 cai para 25,2 milhões de tons (-0,6%), com o consumo global subindo para 25,3 milhões de tons (+6,0%). A relação estoque/uso cai para 79%, contra 84,5% em 22/23.
Baixistas 1 – Dados econômicos abaixo do esperado vindos da China. Após uma forte recuperação pós-Covid Zero no primeiro trimestre, a segunda maior economia do mundo está mostrando sinais de arrefecimento, com produção industrial, vendas no varejo e investimento fixo crescendo em um ritmo muito mais lento do que o esperado em abril.
Baixistas 2 – Na maior economia do mundo (EUA), a economia está vivendo momentos difíceis com o impasse do teto da dívida que ameaça um calote, juros altos, ameaça de recessão e crise bancária.
Baixistas 3 – A demanda no mercado físico continua muito focada no curto prazo, com os juros altos, dificuldade de crédito em alguns países e incertezas econômicas.
EUA – A semeadura está dentro do cronograma (35% da área já havia sido plantada até o último relatório). Previsão de clima seco persiste no Oeste do Texas.
China – Já na fase final de plantio, o maior produtor e consumidor do mundo deve reduzir sua produção em 2023/24 em 10,3% (para 5,99 milhões de toneladas) e aumentar de consumo de 2,6% (para 8,16 milhões de tons), de acordo com o USDA.
Índia – Com a semeadura em andamento na região Norte, a Índia deve produzir 4% a mais de algodão em 23/24 (5,55 milhões de toneladas), entretanto as Monções devem atrasar este ano. O consumo deve aumentar 6,4% (5,33 milhões de toneladas).
Paquistão 1 – Apesar do clima tempo quente e seco, a semeadura segue em um bom ritmo no Paquistão. Segundo o USDA, o país deve ter uma boa produção este ano (1,15 milhões de toneladas), bem acima das 850 mil toneladas deste ano graças às enormes enchentes que atingiram o país.
Paquistão 2 – Em termos de uso industrial, o país do Sul da Ásia se consolida como terceiro maior consumidor de algodão do mundo, com previsão de consumo de 2,09 milhões de toneladas de algodão este ano, ficando somente atrás de China e Índia.
Austrália – Com água estocada para irrigar as lavouras, o país da Oceania deve colher uma excelente safra pelo terceiro ano seguido, segundo o USDA. A expectativa é de uma safra de 1,26 milhão de toneladas em 23/24, em linha com as safras de 21/22 (1,27) e 22/23 (1,20).
Exportações – De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 35,9 mil tons de algodão até a segunda semana de maio/23. A média diária de embarque foi 7,7% superior quando comparado a maio/22.
Preços – Consulte tabela abaixo ⬇
Fonte: Abrapa – Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com