Com a proposta de discutir os desafios futuros e avaliar os avanços conquistados pela sanidade vegetal brasileira nos últimos anos, o V Congresso Brasileiro de Fitossanidade (Conbraf) trouxe temas atuais da ciência e da legislação, promovendo uma reflexão crítica e a troca de experiências entre os participantes. Formado por palestras, mesas redondas, painéis e minicursos, o evento proporcionou a difusão de informação de qualidade sobre uma área de grande relevância em um país de vocação agrícola como o Brasil. Nos três dias de debates, entre 7 e 9 de agosto, o Conbraf, que contou com o apoio do Sistema FAEP/SENAR-PR, reuniu profissionais e estudantes da área de agronomia de 17 Estados, em Curitiba.
Durante a cerimônia de abertura, a engenheira agrônoma do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP Elisangeles Souza representou o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette. A primeira palestra ficou a cargo do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Eduardo Rangel, que sintetizou a proposta do congresso: os desafios e avanços da fitossanidade brasileira.
Na opinião do dirigente, a evolução das estratégias de manejo fitossanitário foi muito grande nos últimos anos e deve continuar avançando. A partir de 2008 houve um trabalho importante na construção de marcos regulatórios nesta área, possibilitando avanços institucionais que tiveram reflexos diretos no campo. “O Brasil foi o país que mais registrou produtos biológicos no mundo. Isso é um dos indícios de que nossa política deu certo”, observou Rangel.
Outra conquista apontada pelo secretário do Mapa diz respeito às minor crops, culturas de suporte fitossanitário insuficiente. Em 2014, o governo federal sistematizou seu processo de registro de agroquímicos, trazendo mais segurança jurídica para os produtores de alimento. Rangel destacou o importante papel da FAEP nestas discussões. A instituição desenvolveu uma metodologia para o levantamento das demandas das minor crops que serviu de modelo para todo Brasil.
Dentre os desafios elencados pelo palestrante, está o combate à desinformação que existe hoje nos meios de comunicação sobre os produtos fitossanitários. “Isso é um desserviço à população. Política pública tem que ser norteada pela ciência, não pela ideologia. Não podemos aceitar achismos e pesquisas falaciosas”, defendeu.
Nesse sentido, Rangel convocou os presentes – principalmente os membros de academia – para que participem ativamente, não apenas desta discussão, mas da elaboração de políticas públicas nesta área. “A sanidade vegetal é a sustentabilidade do agronegócio e deve estar alinhada sempre com princípios científicos, transparência das decisões e com a legislação vigente”, afirmou.
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Fonte: Portal do Sistema Faep