O 2,4-D é um dos herbicidas auxínicos mais utilizados no manejo e controle de espécies de buva (Conyza sp.) no sistema planta direto. Por muito tempo, a associação entre 2,4-D e glifosato foi muito utilizado no manejo pré-semeadura da soja, para dessecação das áreas de cultivo.
Entretanto, com o avanço dos casos de resistência de espécies como a Buva ao glifosato e ao 2,4-D, essa associação deixou de ser eficaz em muitas regiões pra o controle de algumas espécies na pré-semeadura. Em 2017 foi registrado o primeiro caso de resistência de Conyza sumatrensis ao herbicida 2,4-D. Já ao glifosato, casos de resistência vêm sendo relatados desde 2005 na cultura da soja para distintas espécies de Conyza (Heap, 2024).
Como resposta fisiológica da resistência da buva ao 2,4-D, tem-se observado a rápida necrose das folhas da planta logo após a aplicação do herbicida (menos de 8 horas após a aplicação). Normalmente, quando ocorre a rápida necrose da buva em resposta a aplicação de 2,4-D, o as folhas morrem, entretanto, o caule continua viável, com condições fisiológicas para rebrotar, tornando ineficaz o controle dessa planta daninha com esse herbicida.
Vídeo 1. Rápida necrose de Buva, 8 horas após a aplicação de 2,4-D.
A rápida necrose da buva é um dos principais sintomas da resistência dessa planta daninha ao 2,4-D, nesse sentido, caso constatada essa característica, deve-se buscar outras alternativas de manejo para o controle dessa planta daninha, dando preferência pelo uso de outros herbicidas auxínicos. Vale destacar que normalmente as plantas que apresentam a condição de rápida necrose rebrotam, reduzindo a eficácia de controle do programa de manejo, além de matocompetir com a cultura cultivada.
Confira o que o professor e pesquisador Alfredo Albrecht tem a dizer sobre o assunto.
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Referências:
HEAP, I. THE INTERNATIONAL HERBICIDE-RESISTANT WEED DATABASE, 2024. Disponível em: < https://weedscience.org/Pages/Species.aspx >, acesso em: 15/10/2024.