Com incríveis 126,85 sc ha-1 o campeão nacional do desafio de produtividade CESB safra 21/22, é do Sudeste, Fazenda São João, Pilar do Sul, SP. O produtor Matheus Leonel Nunes, obteve a produtividade campeã na área de 2,582 hectares destinadas ao concurso. A propriedade possui área total de 300 hectares, dos quais 195 hectares são destinadas a cultura da soja, com produtividade média a nível de propriedade de 87 sc ha-1.
O sistema de produção agrícola baseia-se no plantio direto, com rotação de culturas nos últimos três anos. Após o cultivo de citros na safra 18/19, adicionou-se ao solo 2 t ha-1 de calcário dolomítico, manejando o solo com aração e gradagem. Na safra 19/20, as culturas do feijão, milho e aveia passaram a integrar o sistema de produção. Após essa safra, antecedendo as culturas do milho e trigo na safra 20/21, realizou-se a aplicação de 1,2 t ha-1 de calcário dolomítico em superfície. Na safra 21/22, as culturas cultivadas foram a soja e o milho.
Com relação a condições climáticas, chuvas escassas totalizando 134mm durante o período vegetativo da soja e 339 mm durante o período reprodutivo da cultura foram observadas. O solo da área de cultivo não apresentava impedimento físico ao crescimento do sistema radicular da soja, sendo classificado como solo de qualidade estrutural muito boa (IQES: 5,5).
Figura 1. Propriedades físicas do solo, Fazenda São João, Pilar do Sul, SP, CESB 2021/2022.
A semeadura da cultivar BRASMAX ZEUS 55I57RSF IPRO, com 90% de germinação e 89% de vigor ocorreu em 15 de outubro de 2021, em linha, sob densidade almejada de 240.000 plantas ha-1 e densidade real obtida de 188.000 plantas ha-1, resultando em 9,4 plantas m-1. O espaçamento entrelinhas utilizado foi de 50cm e a profundidade de semeadura foi de 2,5 cm.
A adubação da cultura baseou-se na aplicação de 355 kg ha-1 do fertilizante 05-21-05 (Ferticel), via sulco na semeadura, resultando em 17,8 kg N ha-1; 74,6 kg P2O5 ha-1 e 17,8 kg K2O ha-1. Após semeadura, em cobertura, realizou-se a aplicação “a lanço” de 90 kg KCl ha-1 aos 25 dias após semeadura, resultando na adição de 54 kg K2O ha-1. Com relação a inoculação, nutrição e uso de biofertilizantes, Bradyrhizobium japonicum, Azospirillum brasilense e Trichodermil SC foram aplicados via sulco de semeadura, seguidos pela aplicação de Co e Mo em V2 e Manganês em V4. Em R1 e R3 foi realizada a aplicação de biofertilizante organomineral, seguido pela aplicação de Translok em R4. O tratamento fitossanitário realizado durante os períodos vegetativo e reprodutivo da soja pode ser observado nas figuras 2 e 3.
Figura 2. Tratamento fitossanitário realizado no período vegetativo do desenvolvimento da soja, Fazenda São João, Pilar do Sul, SP, CESB 2021/2022.
Figura 3. Tratamento fitossanitário realizado no período reprodutivo do desenvolvimento da soja, Fazenda São João, Pilar do Sul, SP, CESB 2021/2022.
A análise econômica dos custos de produção e lucratividade indica que o custo total de produção foi de 6.242,22 R$ ha-1, com receita líquida de 17.859,28 R$ ha-1 e lucratividade líquida de 74,1%, resultando em retorno sobre o real investido de 2,9 R$.
Figura 4. Custos de produção e análise econômica, Fazenda São João, Pilar do Sul, SP, CESB 2021/2022.
Dentre os fatores que contribuíram para a obtenção da produtividade campeão do CESB 21/22, o consultor Rafael Antônio Campos de Oliveira destaca o material genético, a fertilidade do solo, o manejo utilizado e o posicionamento das aplicações.
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Referências:
CESB. CASE CAMPEÃO NACIONAL/SUDESTE – SAFRA 21/22. Comitê Estratégico Soja Brasil, 2022. Disponível em: < https://www.cesbrasil.org.br/case-campeao-nacional-sudeste-safra-21-22/ >, acesso em: 05/07/2022.