O capim pé de galinha (Eleusine indica) é uma espécie anual pertencente à família das gramíneas (Poaceae), sua reprodução ocorre exclusivamente através da dispersão de suas sementes, facilitando a sua disseminação nas áreas de cultivo, uma única planta é capaz de produzir até 120 mil semente (Takano et al., 2016).
Aliado a isso, no ano de 2003 foi registrado o primeiro caso de resistência de capim pé-de-galinha a herbicidas inibidores da ACCase no Brasil. Posteriormente, em 2016, surgiu um novo caso de resistência ao herbicida glifosato. Em 2017 um caso de resistência múltipla foi registrado, com resistência a dois mecanismos de ação aos inibidores da ACCase e inibidores da EPSP’s.
Os casos de resistência, aliado à facilidade de dispersão e elevada disseminação nas áreas de cultivo de diferentes regiões produtoras, tem tornado o controle dessa espécie um desafio, fazendo-se necessário a implementação de estratégias de manejo eficientes para reduzir as infestações dessa planta daninha nas áreas de cultivo e, ao mesmo tempo, estabelecer um controle eficiente para proteger as culturas agrícolas da matocompetição imposta por essa espécie invasora.
Nesse contexto, o manejo com diferentes estratégias é fundamental, Mauro Rizzardi destaca sobre a importância do uso de herbicidas pré-emergentes, que atuam diretamente no banco de sementes do solo.
Esses herbicidas pré-emergentes desempenham um papel importante para reduzir a necessidade e a pressão do uso de herbicidas em pós-emergência. Ao controlar o primeiro fluxo de emergência das plantas daninhas, eles consequentemente reduzem o fluxo subsequente, permitindo um controle mais eficiente em pós-emergência da soja, isso ocorre porque as plantas estão menores, em estádios iniciais de desenvolvimento, tonando mais fácil seu controle.
Visando um manejo eficiente de plantas daninhas com o foco em capim-amargoso e capim-pé-de-galinha, o Mais Soja lançou, com o apoio da IHARA, o Missão Mato Zero, um programa que conta com uma série de vídeos com alguns dos mais renomados pesquisadores do país, podcasts e textos técnicos, com o objetivo de trazer a informação e auxiliar no manejo de plantas daninhas. No terceiro vídeo da série o Dr. Mauro Rizzardi da UPF/UPHerb, aborda o tema do manejo em pós emergência do capim pé de galinha, confira:
O cultivo de soja com cultivares tolerantes a Glufosinato de Amônio, permite a utilização desse herbicida em pós-emergência, para o controle de capim amargoso e capim pé-de-galinha em estádios iniciais de crescimento. No entanto, para tornar isso possível, é essencial atrasar o fluxo de emergência das plantas daninhas durante o ciclo desenvolvimento da cultura da soja, através do uso de herbicidas em pré-emergência.
No manejo da dessecação do capim pé-de-galinha, o pesquisador apresenta algumas alternativas para o controle eficiente dessa planta daninha. O uso de herbicidas como o Glifosato, bem como graminicidas que incluem os FOPs (por exemplo, Cletodim) e os DIMs (como Haloxifop). Além disso, pode-se optar por associação de herbicidas como os herbicidas Glufosinato de Amônio e o Tiafenacil. Eventualmente, em situações específicas, pode ser considerado o uso sequencial do Diquat para um controle mais abrangente. Quanto ao manejo em pós-emergência, as opções incluem o uso de Glifosato e graminicidas (FOPs e DIMs).
Frederico Mendes, que atua como Gerente de Produtos e Herbicidas na IHARA, destaca a importância do controle das plantas daninhas, especialmente em face do aumento dos casos de resistência devido ao uso contínuo de um mesmo produto ou mecanismo de ação. A exemplo desse desafio tem-se o capim pé-de-galinha, que é uma planta invasora extremamente agressiva que compete diretamente com a cultura da soja por recursos essenciais. Tal competição pode resultar em prejuízos consideráveis, chegando a reduzir até 80% da produtividade da soja em áreas infestadas por essa espécie.
Uma única planta de capim pé-de-galinha tem a capacidade de produzir uma quantidade enorme de sementes. Nesse contexto, as palavras do professor e pesquisador Mauro Rizzardi ganham ainda mais relevância, enfatizando a importância de incorporar herbicidas que atuem diretamente na sementeira.
As soluções apresentadas por Frederico Mendes, da IHARA, para o manejo dessa espécie são os herbicidas pré-emergentes Kyojin e Yamato. O herbicida Kyojin se destaca por sua eficácia comprovada no controle de Eleusine indica na cultura da soja, oferecendo um período de controle prolongado devido ao seu efeito residual. Por sua vez, o herbicida Yamato, demonstra eficácia e controle robusto no manejo do capim pé-de-galinha, além de apresentar uma alta seletividade, que permite seu uso em sistemas de sucessão de culturas.
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