As cotações do milho, em Chicago, recuaram na presente semana, pressionadas pelos dados do relatório de oferta e demanda do dia 12/07, chegando a US$ 5,49/bushel neste dia. No dia seguinte (13), o contrato julho, que está deixando lugar para setembro como primeiro mês, subiu para US$ 5,93/bushel, contra US$ 5,66 uma semana antes. Já o contrato setembro fechou em US$ 4,93 no dia 13/07, ou seja, um dólar/bushel abaixo de julho. A média de junho ficou em US$ 6,15/bushel, contra US$ 6,09 em maio.

O relatório do USDA apontou uma safra maior nos EUA, para 2023/24, com a mesma podendo atingir a 389,2 milhões de toneladas, contra 387,8 milhões em maio. Com isso, os estoques finais nos EUA subiriam para 57,4 milhões de toneladas. Já a produção mundial de milho somaria 1,224 bilhão de toneladas, ganhando quase dois milhões sobre o projetado em maio. A produção brasileira está estimada em 129 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina ficaria em 54 milhões. As exportações brasileiras de milho, neste futuro ano comercial, poderão chegar a 55 milhões de toneladas.

Por sua vez, as condições das lavouras de milho nos EUA, no dia 09/07, apresentavam 55% entre boas a excelentes, 31% regulares e 14% entre ruins a muito ruins. Enquanto isso, na semana encerrada em 06/07, os EUA embarcaram 341.024 toneladas do cereal, volume abaixo das expectativas do mercado. Com isso, no acumulado do atual ano comercial, os EUA já embarcaram 33,5 milhões de toneladas de milho, volume 32% menor do que há um ano.

E no Brasil, os preços se mantiveram com viés de baixa. A média gaúcha fechou a semana em R$ 53,30/saco, enquanto as principais praças estaduais trabalharam com R$ 52,00. Já nas demais regiões brasileiras os preços oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 52,00/saco.

Dito isso, a colheita da segunda safra brasileira atingia a 28,3% do total no final da primeira semana de julho. No mesmo período do ano passado o percentual colhido atingia 44,6%, enquanto a média histórica é de 35,9%. (cf. Pátria AgroNegócios)

Já no Mato Grosso, a colheita da safrinha chegava a 49,4% da área total, no final da semana anterior. A média histórica é de 59,4% para esta data. Por sua vez, 53,5% do total esperado, para a safra 2022/23, já havia sido negociado até o final da primeira semana de julho. Como consequência, o preço médio do milho no Mato Grosso recuou 2,4% frente ao mês anterior, ficando em R$ 36,05/saco. Por outro lado, a safra 2023/24 havia sido comercializada, antecipadamente, em 4,7% no mesmo período. (cf. Imea)

Enfim, o Brasil teria exportado 103.700 toneladas de milho na primeira semana de julho. A Anec projeta que o país possa atingir mais de 6 milhões de toneladas exportadas no corrente mês de julho.

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Fonte: Informativo CEEMA UNIJUI, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUI, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUI).



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