A semeadura da safra 18/19 de milho em Mato Grosso chegou ao fim nesta semana, após apresentar recorde de avanço em todo o período do cultivo. Com isso, os trabalhos de campo daqui para frente passam a ser voltados para o controle da sanidade das lavouras e acompanhamento do desenvolvimento do cereal.
Para tanto, é importante continuar atento às condições climáticas e, nesse sentido, segundo a Somar Meteorologia, simulações indicam que a estação do outono, que se iniciou nesta semana, será mais chuvosa que a média histórica do país, especialmente em MT.
Assim, para os próximos 30 dias, no estado, as previsões indicam acumulados em torno de 137 mm a 342 mm nos principais municípios produtores, o que pode colaborar para o desenvolvimento das lavouras neste intervalo.
Por outro lado, a Somar também pauta que a precipitação pode não ser regular neste período, o que é um fator de atenção para as lavouras semeadas próximas ao fim da janela.
Confira os principais destaques do boletim:
• O preço do milho na bolsa B3 encerrou a semana com desvalorização de 10,64% para o contrato de mai/19, devido à pressão da entrada de oferta da 1º safra de milho no país.
• O preço da paridade de exportação do milho em MT para jul/19 exibiu valorização de 1,56% e cotação média de R$ 19,81/sc. A alta se deu, sobretudo, pela recuperação nas cotações de Chicago.
• O prêmio de exportação em Paranaguá para ago/19 fechou a semana com elevação de 2,00%, porém ainda está US$ 0,34/bu abaixo do que foi visto no mesmo período em 2018.
• A cotação do dólar apresentou recuo de 0,72%, em decorrência da atuação do FED em manter a taxa de juros dos EUA inalterada e indicar que não devem ocorrer novos aumentos neste ano.
Tempestades no Corn Belt:
Os Estados Unidos se destacam como principal produtor de milho no mundo e, com o início dos trabalhos de campo para a safra 2019/20, o mercado se volta para o acompanhamento das condições climáticas do país.
Nesse sentido, segundo a NOAA, na última semana uma grande tempestade de inverno impactou grande parte do país, apresentando fortes chuvas, tornados e inundações, sobretudo, na região Meio-Oeste, onde se encontram os principais estados produtores de milho do país.
A situação chama atenção para possíveis impactos nos trabalhos de campo, uma vez que a NOAA divulgou previsão de inundações moderadas a severas até o mês de maio na região, o que pode comprometer a janela de cultivo e resultar em uma menor área semeada.
A situação já trouxe impactos na bolsa de Chicago, que chegou a atingir máximas de US$ 3,89/bu para o contrato de julho/19 na última sexta-feira, fechando a semana com valorização de 1,62%.
Fonte: IMEA