Comentários referentes à 13/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 13/03

O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,02 %, ou $ 10,25 cents/bushel a $ 1010,75. A cotação de julho, fechou em alta de 0,94 % ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1025,00. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 2,30 % ou $ 6,9 ton curta a $ 307,1 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -0,96 % ou $ -0,40/libra-peso a $ 41,28.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. As cotações da oleaginosa reagiram após quatro sessões consecutivas em queda. A melhora nas vendas para exportação e cortes na safra argentina deram suporte a alta.

“As vendas aumentaram significativamente em comparação à semana anterior e à média das quatro semanas anteriores” informou o USDA em seu relatório de vendas semanal. As 751.700 toneladas de soja negociadas mais que dobraram o volume da semana anterior e foram acima da expectativa do mercado.

A Bolsa de Rosário indicou uma redução na safra argentina de 47,50 para 46,50 milhões de toneladas. O mercado viu o corte como positivo, visto que o valor está abaixo do projetado pelo USDA nesta terça-feira. O menor saldo argentino foi coberto pelo aumento da Conab da perspectiva da safra brasileira. A Companhia elevou de 166,01 para 167,37 milhões de toneladas de soja a safra local. No entanto este valor também está abaixo das 169 milhões toneladas indicadas pelo USDA.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA REDUZ A PRODUÇÃO (altista)

Após quatro sessões consecutivas de baixa, a soja teve uma recuperação muito parcial hoje em Chicago. Entre os motivos para os aumentos — e para as compras em barganha por parte dos Fundos — estava a redução da safra argentina estimada ontem à noite pela Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), de 47,50 para 46,50 milhões de toneladas, volume muito aquém das 49 milhões de toneladas projetadas na terça-feira pelo USDA. Em particular, essa notícia impulsionou o valor do farelo de soja, que acrescentou US$ 7,61 à posição de maio, que fechou em US$ 338,52 a tonelada.

ARGENTINA-DIVERGÊNCIAS DE BOLSAS (baixista)

Divulgado quase simultaneamente ao fechamento de Chicago, o relatório semanal de safra da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) contrastou fortemente com o relatório mensal
do BCR, mantendo sua previsão para a colheita de soja argentina 2024/2025 em 49,60 milhões de toneladas.

“Nos últimos dias, foram registradas fortes chuvas que, somadas às precipitações acumuladas nas semanas anteriores, têm causado alagamentos em diversas áreas do setor agrícola, com exceção do nordeste da região, que, embora excluído das chuvas, continua em condições de seca”, afirmou o órgão. Ele acrescentou que, nesse contexto, as lavouras vivenciaram cenários contrastantes dependendo da região.

Enquanto no Chaco e no norte de Santa Fé, a transição do período crítico de estresse termo-hídrico prevê perda de plantas e redução de rendimentos potenciais para a soja precoce, “nos centros de produção, as chuvas de fevereiro e início de março favoreceram o enchimento de grãos na soja precoce, com impacto positivo no rendimento. Em relação à soja de segunda safra, em todo o país, quase 50% dos talhões atingiram a fase de frutificação completa, e 8 em cada 10 hectares têm condições hídricas favoráveis.”

EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)

O tom positivo para o mercado dos EUA foi complementado pelo relatório semanal de exportação, de 28 de fevereiro a 6 de março. De fato, hoje o USDA relatou vendas de soja 2024/2025 de 751.700 toneladas, acima das 352.900 toneladas relatadas no relatório anterior e da faixa estimada pelos traders, que era de 275.000 a 700.000 toneladas.

“As vendas aumentaram significativamente em comparação à semana anterior e à média das quatro semanas anteriores”, observou o USDA, que listou a China como o maior comprador, com 208.300 toneladas, das quais 200.000 foram inicialmente destinadas a destinos desconhecidos.

EUA-ESCALADA TARIFÁRIA (baixista)

Por outro lado, além do clima de incerteza no mercado de grãos devido às potenciais consequências da escalada tarifária promovida pela Casa Branca, a entrada da safra brasileira no mercado comercial continuou exercendo pressão.

BRASIL-ANEC ELEVA VOLUME EXPORTADO (altista para o Brasil baixista para CBOT)

Nesse sentido, em sua revisão semanal das estimativas de exportação brasileira, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais do Brasil (ANEC) elevou sua previsão para os embarques de soja em março de 14,80 para 15,45 milhões de toneladas, acima dos 9,59 milhões embarcados em fevereiro e dos 13,55 milhões do terceiro mês de 2024. Em relação ao farelo, a entidade aumentou os embarques em março de 2,05 para 2,38 milhões de toneladas, ante 1,47 milhão em fevereiro e 1,80 milhão em março de 2024.

BRASIL-CONAB ELEVA PRODUÇÃO (baixista)

Hoje, em seu relatório mensal de estimativas agrícolas, a Conab elevou sua estimativa para a safra de soja do Brasil de 166,01 para 167,37 milhões de toneladas; de 105,49 para 105,75 milhões de exportações de grão e de 22 para 23,60 milhões de vendas de farelo. Em seu relatório de terça-feira, o USDA estimou essas variáveis em 169, 105,50 e 22 milhões de toneladas, respectivamente.

Fonte: T&F Agroeconômica



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