Comentários referentes à 13/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 13/01
O contrato de soja para janeiro, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,76%, ou $ 28,00 cents/bushel a $ 1041,50. A cotação de março, fechou em alta de 2,71% ou $ 27,75 cents/bushel a $ 1053,00. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 3,18 % ou $ 9,5 ton curta a $ 307,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 0,90 % ou $ 0,41/libra-peso a $ 45,99.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. As cotações da oleaginosa seguem com forte alta, ainda reflexo dos cortes acima de esperado pelo mercado no relatório WASDE do USDA publicado na sexta-feira. Além disso, as chuvas persistentes no centro norte do Brasil, assim como a baixa umidade e calor na região sul e parte da Argentina dão ao mercado especulador munição para especular possíveis quedas nos rendimentos da América do Sul.
A China, apesar de ter reduzido suas compras em dezembro, elevou em 6,5% as compras anuais de soja, um movimento lido como uma aceleração das compras para evitar possíveis taxações do novo governo americano. Neste sentido os chineses foram o principal destino dos embarques da semana passada e compraram mais 198 mil toneladas de soja esta segunda-feira.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ÓLEO DE SOJA-QUINTA ALTA CONSECUTIVA (altista)
Junto com a soja, o óleo registrou hoje sua quinta sessão consecutiva de alta em Chicago, com a posição de março acumulando alta de 14,15% na semana passada. Esse contrato hoje adicionou US$ 9,04 e foi ajustado para US$ 1.013,89 por tonelada. O farelo, que ficou muito atrás na escala de preços, também se recuperou, fechando a sessão com alta de US$ 10,47 e ajuste de US$ 339,29 por tonelada.
BRASIL-COLHEITA ATINGIU 0,3% DA ÁREA TOTAL (baixista)
No Brasil, a consultoria AgRural indicou que a colheita da soja 2024/2025 começou nos três estados do Centro-Oeste, no Paraná e em áreas irrigadas da Bahia e Minas Gerais, com avanço até quinta-feira acima de 0,3% do total da área, contra 2,3% no mesmo período em 2024.
“No Mato Grosso a preocupação é a chuva constante. Embora a safra do Estado tenha grande potencial e ainda não haja reclamações sobre perda de qualidade dos grãos, a umidade dificulta a entrada de máquinas no campo. Já no sul do país e no sul do Mato Grosso do Sul, o problema é a falta de chuvas regulares e o calor”, disse a empresa, que prevê uma colheita de 171,5 milhões de toneladas.
CHINA-IMPORTAÇÕES MENORES (baixista)
Da China, a Administração Geral das Alfândegas relatou importações de soja em dezembro de 7,94 milhões de toneladas, abaixo dos 8,20 milhões esperados pelas empresas privadas e 19,1% abaixo do mesmo mês em 2023. No entanto, no acumulado do ano, a China importou 105,03 milhões toneladas da oleaginosa, volume recorde que superou em 6,5% o que foi adquirido no ano anterior. Os comerciantes estão vinculando as importações recordes ao interesse da China em comprar antes da posse de Donald Trump como presidente dos EUA no dia 20 deste mês.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)
Em seu relatório dos embarques norte-americanos, para o período de 3 a 9 de janeiro, o USDA informou embarques de soja de 1.350.121 toneladas, acima das 1.295.379 toneladas e dentro do intervalo esperado pelas consultorias, que variou de 1.075.000 a 1.700.000 toneladas.
EUA-NOVA VENDA (altista)
Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de soja dos EUA para 2024/2025 para a China, de 198.000 toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica